1960 – Primeira greve dos petroleiros no Brasil. Os trabalhadores da Refinaria Landulfo Alves (RLAM), em Mataripe (BA), pararam por três dias, reivindicando equiparação salarial com os petroleiros das refinarias Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão (SP), e Duque de Caxias (RJ). Foi a greve do “Equipara ou Aquipara”.
1961 – Greves dos petroleiros na Bahia (04 e 05 de novembro) e em Cubatão, em dezembro, pelo turno de 6 horas.
1962 – Petroleiros realizam duas greves: de 04 a 13 de janeiro na Bahia; e em julho na Bahia, em Cubatão, na Reduc, em Belém e no Rio de Janeiro, exigindo a nomeação de um “Gabinete Democrático Nacionalista”.
1963 – Greve dos petroleiros da Recap pela encampação da refinaria pela Petrobrás.
1964 – Petroleiros da Bahia resistem ao golpe militar, com greve de 31 de março a 04 de abril.
1977 – Movimento pela reposição do índice de inflação referente a 1973, que foi fraudado pelo então Ministro do Planejamento, Delfim Neto, do governo Médici, na ditadura militar.
1980 – Durante a Campanha Reivindicatória Salarial deste ano, os petroleiros da Refinaria Planalto (REPLAN), em Paulínia (SP), fazem greve de fome em defesa de suas reivindicações.
1986 – Trabalhadores de várias unidades da Petrobrás participam da greve geral convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).
1987 – Petroleiros realizam vigílias nas unidades, de 10 a 12 de março, contra os reajustes diferenciados que a Petrobrás concedeu aos trabalhadores de nível médio (38%) e superior (62%). O governo reage e o Exército ocupa nove refinarias e seis áreas de produção.
1988 – Os petroleiros participam de protestos em todo o país contra o congelamento das URPs. A categoria chega a fazer uma greve de 11 dias em novembro contra a decisão arbitrária do TST de conceder somente 4% de reajuste. A greve tem adesão em todo o país e faz a Petrobrás apresentar uma contraproposta de mais 15%, levando o Tribunal a fechar o índice em 19%.
1989 – Os trabalhadores da Petrobras aderem à greve geral convocada pela CUT e CGT, em 14 e 15 de março.
1990 – A primeira metade da década de 1990 foi marcada por diversos enfrentamentos da categoria ao neoliberalismo. Em abril de 1990, os petroleiros pararam por oito dias contra as demissões e privatizações do governo de Fernando Collor de Mello e os impactos econômicos do Plano Bresser.
1991 – Em 1991, os trabalhadores realizaram uma greve histórica contra o desmonte do Sistema Petrobrás. O movimento durou 24 dias, entre 26 de fevereiro e 20 março, exigindo a suspensão das privatizações, a reintegração dos demitidos e a reposição das perdas salariais. O TST julgou a greve abusiva e os petroleiros desafiaram o Tribunal, adotando o slogan “Cartão Vermelho para o TST”. A greve fez a Petrobrás reverter parte das demissões e foi uma das precursoras do movimento Fora Collor.
1993 – Os petroleiros participaram ativamente da campanha Fora Collor e, após o impeachment do presidente, a categoria entrou novamente em greve, desta vez por 11 dias, e conseguiu reverter as demissões restantes do Plano Collor.
Fonte: Revista Questão de Honra (1995); Almanaque Memória dos Trabalhadores da Petrobras (2005); “A greve do fim do mundo: Petroleiros 1995” ( tese de mestrado de Frederico Romão/2006)