Orientações para a greve

A categoria petroleira se prepara para dar inicio à greve, a partir da zero hora do dia 26/10,  por avanços nas negociações e pela garantia de empregos e direitos. O movimento paredista será por tempo indeterminado e com parada de produção.

A Petrobras já foi comunicada formalmente. Localmente, o Sindipetro Bahia notificou a Companhia um pouco antes, tendo a categoria cobertura jurídica para realizar greve já a partir das 18h do dia 25/10.

A orientação do Sindipetro é que todos os funcionários continuem a se deslocar normalmente ao local de trabalho nos horários das respectivas escalas.

Por estratégia, o momento exato de paralisação será deflagrado pela direção sindical na porta das fábricas e escritórios. A partir de então, se iniciará realmente a greve.

Movimento legitimo

O mais forte instrumento de luta dos trabalhadores, a greve é um direito garantido na Constituição. Portanto, o movimento dos petroleiros é legal e deve ser realizado, como sempre foi, seguindo as determinações da lei, que valem para os dois lados: patrão e empregado.

No entanto, estamos vivendo um momento atípico, em que a alta gestão da Petrobrás vem tomando atitudes autoritárias, sem transparência e antissindicais. Há também uma forte pressão sobre os trabalhadores. Não é à toa que o Ministério Público do Trabalho criou uma força tarefa para investigar denúncias de assédio que estão sendo feitas pelos próprios trabalhadores da empresa, o que levou o MPT a falar de assédio organizacional na Petrobrás.

Diante dessa conjuntura, a direção do Sindipetro Bahia orienta a categoria a seguir alguns padrões, posturas e regras que vão garantir a sua segurança física e jurídica, assim como os seus direitos como grevista.  As orientações devem ser seguidas pelos trabalhadores próprios e terceirizados. Veja abaixo:

– Não assine nenhum documento individual encaminhado pela Petrobrás

– Caso a Petrobras insista que você assine qualquer documento que, por exemplo, dê a sua autorização para que permaneça na unidade durante a greve, não assine.

– Em resposta à Petrobrás, o trabalhador deve apresentar a carta modelo, elaborada pelo jurídico do Sindipetro e exija uma via de recebido (clique aqui para ver a carta – imprima, preencha e assine).

– Não antecipe a sua jornada e nem permaneça no seu posto de trabalho após o fim do seu horário de trabalho

– Não durma na unidade operacional

– Denuncie ao Sindipetro qualquer tipo de assédio que venha a sofrer para que a entidade sindical tome as providências jurídicas cabíveis

– Ao se sentir pressionado, grave as conversas com a gerência e encaminhe o áudio para o Sindipetro (veja abaixo os canais de comunicação). Precisamos comprovar as situações de assédio.

– As provas de assédio farão parte das ações que a assessoria jurídica do Sindipetro irá impetrar na justiça para criminalizar todos os gerentes e supervisores que estejam assediando os trabalhadores

– Quando o gerente ou supervisor for lhe assediar, lembre que ele também participou das assembleias que decidiram pela greve, e, portanto deve respeitar a decisão da maioria.

– Ao chegar ao local de trabalho durante a greve, junte-se à direção sindical e movimentos sociais nos piquetes, em todas as frentes. O sindicato vai precisar da ajuda de todos e todas. Uma greve vitoriosa só pode ser feita com a participação de toda categoria.

– Converse com o seu companheiro e não ceda à pressão das gerências.

– Lembre-se que é ilegal o trabalhador da Petrobras dar ordens a trabalhador terceirizado em período de greve

– A greve é um direito previsto em lei, portanto, durante o movimento paredista o seu contrato de trabalho estará suspenso e não poderá haver demissões.

Terceirizados

O Sindipetro recebeu denúncias que os trabalhadores terceirizados também estão sendo assediados por supervisores e gerentes da Petrobrás. O sindicato já está recolhendo informações sobre esses casos para responsabilizar judicialmente esses assediadores.

Canais para denúncias

 imprensasindipetroba@gmail.com  secretaria@sindipetroba.org.br

WhatSapp Sindipetro (71) 99924-2999

O trabalhador também pode procurar diretamente algum diretor do SindipetroClique aqui para ter acesso à lista com os nomes e telefones dos diretores

Clique aqui para ler e baixar a cartilha de greve

[Via Sindipetro Bahia]