Sindipetro BA
Na última sexta (18), o técnico de operação Edmilson Sacramento Ferreira, da Unidade 39 da RLAM, sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus no rosto, orelha e tórax, ao ser atingido por enxofre líquido em alta temperatura, próximo dos 120 graus. O acidente ocorreu porque houve vazamento através de uma junta rompida, quando o técnico fazia uma manobra de “sopragem” com vapor no Sultrap do C-3606.
O operador continua internado no Hospital de Medicina Humana, ex-UME em Candeias e, apesar da lesão ter sido grave, não corre risco de morte.
Segundo informação dos técnicos de operação da U-39, que também atendem a U-36, o acidente foi causado por conta de mais uma ação irresponsável do gerente dessas unidades da CB/CRHD, Alfredo Mansur. Ele tem constrangido os trabalhadores a realizarem manobras perigosas e já condenados em outras refinarias no país, sem os procedimentos operacionais de segurança. Somente na RLAM elas ocorrem dessa maneira, causando acidentes como o de sexta (18).
É sabido que os especialistas em Unidades Recuperação de Enxofre (UREs) recomendam que quando há obstrução, o correto é se parar e abrir o equipamento para descobrir a causa da obstrução, nunca fazer sopragens com vapor para forçar a desobstrução, como foi feito agora e causou queimaduras no operador Edmilson.
Os operadores informaram ainda que essa mesma manobra em um pote de selagem do modelo anterior já acidentou o técnico de operação Pires, já aposentado. Após esse acidente, a comissão de investigação recomendou que esse tipo de manobra não fosse mais realizado.
Omisso e irresponsável, o gerente dessas unidades não foi solidário e sequer visitou o operador acidentado e que continua internado. A direção do Sindipetro Bahia repudia essa e outras atitudes desta gerência, manifesta solidariedade ao técnico Edmilson e à sua família e acionará os meios legais para a apuração do grave acidente.