Operação do Terminal de Suape foi paralisada por 24 horas em greve contra terceirização

FUP

Petroleiros do Terminal Aquaviário de Suape, em Pernambuco, encerraram à meia noite desta segunda, 23, a greve de 24 horas contra a ação ilegal dos gestores da Transpetro de terceirizar atividades fim. A paralisação foi aprovada em assembleias nos dias 17 e 18. Cerca de 300 trabalhadores atuam no terminal, entre próprios e terceirizados.

A greve teve adesão de 100% dos trabalhadores da operação, que paralisaram todas as atividades operacionais do terminal, suspendendo por 24 horas as transferências de GLT para as companhias de gás, bem como o envio de derivados de petróleo para os terminais privados da região. Também foram suspensos os carregamentos de óleo (bunker).

Assim como já vem ocorrendo em diversas unidades da Petrobrás, setores diretamente relacionados à atividade fim da empresa, como manutenção e laboratório, têm sido sistematicamente tercerizados no Terminal de Suape. Recentemente, a Transpetro começou a terceirizar também a operação do terminal. É o que a empresa classifica como "atividades de apoio operacional", mas cujas funções são as mesmas exercidas pelos operadores.

A terceirização das atividades fim coloca ainda mais em risco a segurança dos trabalhadores e da unidade, além de aumentar a precarização das condições de trabalho. Uma manobra dos gestores para reduzir custos e escamotear a necessidade de recomposição dos efetivos próprios. É contra tudo isso que os petroleiros têm se mobilizado nas ações para barrar o Projeto de Lei 4330 (construído pelo empresário Sandro Mabel), que escancara a terceirização para todas as atividades e ataca direitos fundamentais da classe trabalhadora.