O protagonismo dos petroleiros no atual momento político

Toda vez que a Petrobrás e a soberania estiveram sob ameaça, os petroleiros reagiram, assumindo a linha de frente de batalhas históricas, como a de maio de 1995, quando enfrentaram os demandos de FHC, ocupando por mais de 30 dias as principais refinarias. A maior greve feita pela categoria impediu a privatização da empresa e agora, 20 anos depois, os petroleiros são chamados novamente à luta, em um dos momentos mais difíceis da história da Petrobrás e do País.

Setores que nunca tiveram qualquer compromisso com a Nação se aproveitam da fragmentação e da fragilidade do governo para tentar desintegrar o Sistema Petrobrás, entregar o pré-sal e atacar a democracia.  Os petroleiros precisam reagir a esse desmonte e apontar para os setores organizados da sociedade que é na luta e nas ruas que iremos disputar os rumos do País. Cabe à nossa categoria o protagonismo de mais uma vez levantar-se e impedir que todas as conquistas garantidas pelos trabalhadores nos últimos 13 anos virem pó.

Essa é uma guerra que já está em curso, com a direita e os conservadores se impondo no Congresso, no governo e no judiciário.  Como nos anos 90, a classe trabalhadora e os movimento sociais estão novamente no centro dessa disputa. Ou reagimos o quanto antes, ou vamos perder tudo o que conquistamos.

Os petroleiros realizaram uma plenária histórica, com encaminhamentos políticos de vanguarda, que demonstram a coragem e a maturidade da nossa categoria. Estamos construindo uma ampla aliança com os movimentos sociais, estudantes, metalúrgicos, trabalhadores da BR e da construção civil, camponeses, professores, químicos, vigilantes, entre outras categorias. O efeito imediato dessa importante unificação de forças foi a derrubada do regime de urgência para o PLS 131 (veja matéria na página 03).

A luta, portanto, é o único caminho a ser seguido. Em 2015, os petroleiros estarão na vanguarda desse enfrentamento, fazendo novamente história, inspirados na greve que 20 anos atrás foi fundamental para impedir a privatização da Petrobrás. Assim como em 1995, a coragem será a senha da categoria, pois não há tempo a perder.   

Fonte: FUP