O povo volta às ruas em defesa da Petrobrás e pelo monopólio

“Não vamos deixar a direita privatizar a Petrobrás”, clamavam os manifestantes durante a passeata…

Imprensa da FUP

“Não vamos deixar a direita privatizar a Petrobrás”, clamavam os manifestantes durante a passeata, ao entrarem na Avenida Chile, onde fica localizado o edifício sede da estatal. De mãos dadas, trabalhadores, estudantes, militantes sociais e parlamentares formaram um gigantesco cordão em torno do prédio. Cerca de cinco mil manifestantes, ao som do Hino Nacional, realizaram um abraço simbólico da Petrobrás, repudiando a tentativa da direita de retomar o projeto de privatização da maior empresa do país. 
Lamentavelmente, os gestores da Petrobrás, valendo-se do mesmo expediente autoritário utilizado contra os trabalhadores nos movimentos grevistas, fecharam todas as portarias do edifício. Os manifestantes não se renderam e, apesar das dificuldades para contornar o prédio com os acessos bloqueados, realizaram, mesmo assim, o ato patriótico em defesa da Petrobrás.

Caravanas nacionalistas

Vários sindicatos de petroleiros enviaram ônibus com militantes para o ato. Caravanas da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná/Santa Catarina, Norte Fluminense e Duque de Caxias somaram-se aos demais manifestantes. Os petroleiros da Bahia chegaram a enfrentar 40 horas de viagem para estarem presentes na luta em defesa da Petrobrás e da soberania nacional.

Os metalúrgicos de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí também chegaram ao ato, em uma caravana com 30 ônibus. “A Petrobrás foi e continua sendo fundamental para o setor naval. Desde que o governo Lula nacionalizou a construção de navios e plataformas da Petrobrás, a indústria naval renasceu. Foram gerados 35 mil postos de trabalho só no setor naval e mais de 60 mil em toda a indústria metalúrgica, se somarmos os empregos diretos e indiretos”, ressaltou Luis Guimarães, diretor de base dos metalúrgicos de Niterói.Vários sindicatos de petroleiros enviaram ônibus com militantes para o ato. Caravanas da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná/Santa Catarina, Norte Fluminense e Duque de Caxias somaram-se aos demais manifestantes. Os petroleiros da Bahia chegaram a enfrentar 40 horas de viagem para estarem presentes na luta em defesa da Petrobrás e da soberania nacional.

Os metalúrgicos de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí também chegaram ao ato, em uma caravana com 30 ônibus. “A Petrobrás foi e continua sendo fundamental para o setor naval. Desde que o governo Lula nacionalizou a construção de navios e plataformas da Petrobrás, a indústria naval renasceu.

Foram gerados 35 mil postos de trabalho só no setor naval e mais de 60 mil em toda a indústria metalúrgica, se somarmos os empregos diretos e indiretos”, ressaltou Luis Guimarães, diretor de base dos metalúrgicos de Niterói.

"Ataques contra Petrobrás ocultam outros objetivos”

“O fato de que os principais defensores da CPI da Petrobrás sejam os mesmos que se empenharam ativamente na derrubada da lei 2004 (que garantia o monopólio estatal do petróleo) só contribui para aumentar nossas desconfianças quanto à seriedade da iniciativa, talvez mera jogada no xadrez políticos das eleições de 2010. O que todos os patriotas têm a fazer é cerrar fileiras em torno da defesa da camada de pré-sal por brasileiros e em benefício do país. Não é à toa que a IV Frota Naval norte-americana foi reativada depois da descoberta desta promissora riqueza em nossa plataforma continental. Lembramos a lição de Barbosa Lima Sobrinho, defendendo o patrimônio público nacional.

Pensar o Brasil significa pensar grande, acima de injunções político-partidárias. Pensar no povo brasileiro é patriótico e indispensável” depoimento de Maria Augusta Tibiriçá Miranda, 91 anos, lido durante o ato em defesa da Petrobrás.

Presidente do Movimento em defesa da Economia Nacional (Modecon), Maria Augusta  vem dedicando a maior parte de sua vida à luta em defesa do monopólio estatal do petróleo e da Petrobrás. No final da década de 40, participou da fundação do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e, a partir de então, se engajou na campanha “O Petróleo é Nosso”, o maior movimento de massas da história do Brasil. Anos mais tarde, em 1983, publicou o livro “O Petróleo é Nosso – A luta contra o ‘entreguismo’, pelo monopólio estatal”, reeditado em 2004 pela Petrobrás, na comemoração dos 50 anos da empresa.