Na manhã desta sexta-feira (31), no Rio de Janeiro, o Levante Popular da Juventude realizou um escracho em frente à sede da Rede Globo, localizada na Rua Jardim Botânico. Na véspera do aniversário de 53 anos do golpe militar de 1964, jovens do Levante denunciam a participação da Rede Globo no golpe contra a Presidente Dilma Rousseff, em 2016. Os petroleiros estiveram presentes à manifestação, participando da ocupação em frente à emissora.
Junto ao judiciário, a Rede Globo é uma das forças que até ao momento tem conseguido sair ilesa. Com o aprofundamento da crise, a Globo cobra de Michel Temer a Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência, a Reforma Tributária, entre outras, e tenta desvincular-se de Temer, fazendo críticas ao sucessor ilegítimo de Dilma.
O escracho realizado pelo Levante denunciou a verdadeira ação da Globo, que vai no sentido de consolidar o golpe e fazer o povo aceitar a retirada de direitos e o ajuste fiscal. Temer e a sua base aliada, na grande novela do golpe na Globo, foram sempre apontados como os protagonistas da reconstrução econômica e social do país. Enquanto a Globo defende golpistas, o trabalhador perde direitos.
A Rede Globo sonega
Segundo a Receita Federal, a Rede Globo usou onze empresas em paraísos fiscais para sonegar impostos pela compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. O DARF, a ser recolhido pela emissora, era de R$358 milhões, Em 2013, base de cálculo junto aos juros era de 732,5 milhões. Até hoje não há notícias sobre o pagamento e os novos valores desta dívida.
Em São Paulo, bancários protestam em transmissão ao vivo
Bancários que faziam manifestação contra as reformas da Previdência e trabalhista de Michel Temer na manhã desta sexta-feira (31) no Largo do Café, centro de São Paulo, entraram em transmissão ao vivo da Rede Globo com cartazes e entrevista. A reportagem para o SPTV primeira edição, de Marcio Canuto, buscava mostrar a apresentação de uma banda musical no coreto do local, por meio de ação promovida por iniciativa da Bovespa. O jornalista foi pego de surpresa pelos manifestantes.
“Eu sou bancário e estou sofrendo muito aqui no centro…”, disse um manifestante que foi entrevistado. “É porque queremos melhorar as coisas aí, estamos com medo da terceirização, está todo mundo com medo”, afirmou. Em seguida, durante outro entrevista, o jornalista tenta tirar os cartazes da cena, arrancando-os dos manifestantes.
Com informações do Levante da Juventude e da Rede Brasil Atual