Por Conceição de Maria Pereira Alves Rosa, diretora do Sindipetro-NF e integrante do Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras
Um tema que problematiza a discussão do livro “Nova era – A civilização Planetária”, de Leonardo Boff, é a integração do feminino no homem e na mulher pois o feminino não é ser mulher ou homem, é ter gratuidade, ternura, cuidado com a vida, cuidado para com a terra, e visão da democracia social.
Se lermos os dicionários da língua portuguesa teremos o significado de feminino, que é relativo às mulheres ou próprio delas. Não devemos nos prender apenas a um conceito. Não avançaremos no que realmente seja o feminino na sociedade, porque ao entender o verdadeiro sentido, entenderemos as diferenças que devem ser respeitadas como manifestação das potencialidades do ser humano que caminha para os valores, a compaixão, a gratidão, a solidariedade e o diálogo com os mais necessitados.
E as mulheres continuam a luta nos movimentos sociais, sindicais, partidários e não deixam de atuar na família, porque ainda ouvimos de muitos que ela é o centro da educação dos filhos. Esses dias ouvi em um grupo de conversa que existem muitos desajustes na sociedade com crianças e jovens pois a mulher foi trabalhar fora. Mas só cabe a mulher a formação e a educação familiar? Ou é responsabilidade das mulheres e dos homens o empenho do educar?
Resume-se que, pensar assim, fortalece um poder de dominação em que a sociedade é fundamentalmente masculina, mas as mulheres são mais da metade da humanidade, são avós, mães, tias, irmãs, sobrinhas, dos homens, e a relação humana do feminino e do masculino nos remete à superação do machismo e integra o feminino dentro de mim e dentro de você, porque “ser um homem feminino, não fere o seu lado masculino”.