Gerente da maior refinaria do país decidiu segurar trabalhadores da Manutenção na véspera do réveillon para consertar um tanque – que continua parado até hoje
[Do Sindipeto SP*]
Imagine uma situação hipotética… É véspera de Ano-Novo e último dia útil do ano. Há várias semanas você recebeu a notícia de que trabalharia apenas até o meio-dia. Por isso mesmo, deixou para comprar as carnes, as bebidas e até mesmo aquela roupa esperta justamente após a liberação do trabalho.
Agora imagina que, poucos minutos antes do horário de ser liberado para curtir a virada com a família e amigos, você é avisado que terá que trabalhar até às 18h por uma decisão arbitrária de um gerente?
Pois foi justamente isso o que ocorreu na Refinaria de Paulínia (Replan) – a maior do Sistema Petrobrás. Não bastasse negar a ceia para os trabalhadores do turno que passaram a noite natalina dentro da unidade, agora decidiram punir os ‘peão’ da Manutenção.
O gerente interino do setor de Transferência e Estocagem resolveu, de uma hora para outra, que os empregados contratados da manutenção tinham que arrumar o misturador de um tanque que estava quebrado há meses ainda na sexta-feira, véspera da virada do ano – serviço que poderia tranquilamente ser realizado na segunda-feira (3).
Será que esse gerente interino tem amigos ou familiares? Será que se importa com o andamento do trabalho e com a ambiência? Este é mais um exemplo da arbitrariedade e falta de empatia que predomina na Replan.
Detalhe: o tanque continua sem funcionamento até hoje, quarta-feira (4).
Será que é carência ou sadismo? Independentemente da resposta, atitudes como esta estão com os dias contados.
*Texto enviado por trabalhador da base que preferiu não ser identificado.