O diretor do Departamento de Saúde e Segurança do Sindipetro Norte Fluminense, é um dos novos integrantes da Secretaria de Comunicação da CUT-RJ para o triênio 2009-2012. Em entrevista ao Portal da FUP, Vítor fala das expectativas da CUT para as campanhas reivindicatórias deste semestre e ressalta a importância da unidade dos movimentos sociais para ampliar a luta pela instalação da I Conferência Nacional de Comunicação.
Segue a entrevista:
Quais são as expectativas da CUT para as campanhas reivindicatórias deste semestre?
A desculpa da crise vai ser a grande arma do patronato nas próximas negociações. Os bancários e os petroleiros, principalmente, em setembro, terão grandes embates. Os bancários, enfrentarão o paradoxo da crise internacional do crédito x os astronômicos lucros das instituições bancárias no Brasil, que diga-se de passagem, atravessaram incólumes a crise. E os petroleiros, além da conjuntura do preço internacional do petróleo e a discussão do pré-sal, ainda a CPI tucanalha-demoniaca.
Foram definidas algumas mudanças no último congresso da CUT para o próximo triênio? Quais são? A Central reafirma apoio ao atual governo?
A CUT enquanto maior central sindical do Brasil, continuará buscando a interlocução e intervenção nos projetos e iniciativas do governo atual, que afetem os trabalhadores. A central apóia e sempre apoiará todas as iniciativas do governo Lula, desde que tragam melhorias na qualidade de vida e que propicie a geração de emprego e renda para o povo brasileiro. Somente disso a CUT não abre mão.
Alguns encontros regionais de comunicação estão sendo realizados como uma espécie de preparativo para a I Conferência Nacional de Comunicação, que acontece em dezembro. Quais os principais temas que serão levados à conferência?
Muitas questões foram debatidas nos encontros regionais e no 5° Encontro Nacional de Comunicação da CUT, realizado na última semana, em São Paulo. Sem dúvidas, muitos são os problemas a serem discutidos antes da Conferência. Porém, neste encontro, onde estiveram presentes diversos profissionais da comunicação, que integram movimentos sociais, sindicatos e entidades, conseguimos sintetizar basicamente que democratizar, libertar e incluir são as palavras chaves para que exista um avanço na nossa disputa pela hegemonia. Então, para que estas medidas sejam tomadas, ficou claro que é fundamental denunciarmos permanentemente a grande mídia, não perdermos as brechas que aparecem (A CONFECOM é uma delas), e mais do que nunca, temos que criar alternativas para enfrentar a grande mídia, usando instrumentos para apoiar e unificar as mídias públicas. A batalha ainda está começando.
Quais os desafios encontrados pelos profissionais de comunicação para ampliar a luta pela instalação conferência?
Estamos no aguardo da definição do regimento interno da conferência, para termos um posicionamento das dificuldades que enfrentaremos. Dependemos deste regimento para definirmos a estratégia da conferência estadual, seus limites e como garantir a sua realização, caso o governo estadual não tenha iniciativa, pois dela depende a eleição dos delegados a I Conferencia Nacional de Comunicação.
Sabemos que a realização desta conferência é um fato histórico. Na sua opinião, após este debate, haverá de fato a democracia na comunicação do Brasil?
Os movimentos sociais e a sociedade em geral, clamam por estas mudanças. O grande desafio será unificar as aspirações, sermos objetivos, elencando as fundamentais e organizando a intervenção na I Conferência Nacional da Comunicação para sermos vitoriosos.