A postura de Gilmar Mendes, ao proclamar que o MST é um movimento “ilícito”, sem autos e sem julgamento, é uma defesa de classe, proferida na qualidade de Senhor Feudal de Diamantino (MT). Já o tipo de “Estado de Direito” que defende se revela por fatos:
– Gilmar é dono de um “Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP)”, contratado sem licitação por órgãos públicos, como o Senado, STJ, TSE, e o próprio STF (!!!), e favorecido por empréstimos de agências públicas;
– Em seu feudo, ignorando a isenção que a Lei Orgânica da Magistratura lhe impõe. Gilmar faz campanha política abertamente, e chegou a eleger o irmão como prefeito; Lá, Gilmar foi dono de uma faculdade privada, em sociedade com um assessor do Ministro dos Transportes de FHC, Eliseu Padilha, que respondeu a inquérito criminal por corrupção; Do irmão prefeito a faculdade recebeu uma série de isenções fiscais;
– Lembram do governador de RO, o Ivo "Cassol-cassado" por compra de votos? Lembram do escândalo da Daslu? Um nome ligava os dois casos: o ex-senador Mário Calixto (PMDB-RO), preso por falsificação na importação de mercadorias de luxo; Tal como no caso de Daniel Dantas, Gilmar concedeu liminar em Habeas Corpus que não era de competência do STF; O plenário do STF, em caso raro que significa a desautorização do presidente do Tribunal, cassou a liminar; Mas era tarde, pois Calixto já saíra do país, foragido.
Se fôssemos julgar o Poder Judiciário pelos mesmos critérios que Gilmar usa para julgar o MST, apenas seu exemplo pessoal bastaria para declarar que toda a magistratura brasileira é “ilícita”. Mas, na verdade, os juízes de bem apóiam a petição pública exigindo a saída de Gilmar Mendes do STF, a qual aguarda assinaturas no endereço eletrônico http://www.petitiononline.com/mod_perl/signed.cgi?w267x65.