O 30 de abril de Lula e o 1º de maio dos trabalhadores e trabalhadoras

Em celebração ao dia histórico de luta pelos direitos dos trabalhadores, o presidente…

Equipe do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS)

Em celebração ao dia histórico de luta pelos direitos dos trabalhadores, o presidente anuncia a ida no dia 30 de abril ao canteiro de obras da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) com o objetivo de assinar a 30.000ª carteira de trabalho resultante das obras. Já no dia primeiro de maio, organizações e movimentos sociais realizarão um grande ato unificado na porta dessa mesma empresa, uma vez que tal empreendimento representa atualmente o maior golpe do capital contra a classe trabalhadora no Rio de Janeiro. Com este gesto, o presidente Lula deixa claro o alinhamento entre os interesses do governo brasileiro em suas diversas instâncias e do empresariado nacional e internacional.

 

A mídia propagandeia a 30.000ª carteira assinada, mas esquece de mencionar a qualidade dos empregos gerados e a altíssima rotatividade dos empregados no canteiro de obras, com o objetivo de reduzir os encargos dos contratados (evita o vínculo empregatício). Em 2008, foram encontrados 120 chineses trabalhando no canteiro de obras sem nenhum contrato. Esses trabalhadores enfrentam péssimas condições de vida e de trabalho e sofrem ameaças da milícia.

Desde o início das obras da TKCSA, uma parceria entre a Vale e a alemã Thyssen Krupp, a empresa vem violando a legislação brasileira, colocando na miséria pescadores da região e destruindo o meio ambiente. Todo esse desastre esta sendo financiado com recursos públicos do BNDES, que investiu até agora R$1,48 bilhões para o empreendimento, sem que se conheçam os critérios financeiros, sociais e ambientais levados em consideração pelo banco na aprovação deste empréstimo.