O acidente serviu de marco na luta da categoria por segurança e igualdade de condições de trabalho
Imprensa da FUP
As cenas do afundamento da P-36, após a explosão que matou 11 trabalhadores, continuam vivas na memória dos petroleiros. O acidente serviu de marco na luta da categoria por segurança e igualdade de condições de trabalho no Sistema Petrobrás. Nesta segunda-feira, 15, nove anos depois daquele fatídico dia, os petroleiros ainda cobram uma política de segurança que de fato proteja a saúde e a vida dos trabalhadores.
Ano após ano, petroleiros ainda morrem e são mutilados em acidentes de trabalho que poderiam ter sido evitados, se houvesse mudanças estruturais na gestão do SMS e na política de terceirização, como cobram a FUP e seus sindicatos. Nos últimos dez anos, foram 196 mortes, das quais 164 com trabalhadores terceirizados. No ano passado, os cinco acidentes fatais ocorridos foram todos com prestadores de serviço.
Nas últimas semanas, uma série de incidentes e ocorrências graves foram deliberadamente menosprezadas pela Petrobrás, que continua fazendo do SMS uma gestão de marketing e não de ações concretas. A produção e o lucro são mais importantes para a empresa do que a vida e a saúde do trabalhador. Os gerentes continuam subnotificando os acidentes, desrespeitando acordos e descumprindo normas de segurança em nome da produção.
Por isso, é fundamental que os trabalhadores, próprios e terceirizados, priorizem a segurança no seu dia-a-dia, denunciando à FUP e aos sindicatos toda e qualquer ocorrência que coloque em risco a sua saúde e segurança.
Ato público na Bacia de Campos – o Sindipetro-NF fará um ato público nesta segunda-feira, 15, no heliporto do Farol de São Tomé, em Campos, em lembrança dos nove anos de morte dos 11 trabalhadores mortos no acidente com a P-36. O evento contará com a participação da FUP e da CUT-RJ.
Emissões de CATs na berlinda – a FUP participa nesta sexta-feira, 12, de audiência com o Ministério Público do Trabalho para discutir a fiscalização do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), onde a Petrobrás e a Transpetro, assim como as suas prestadoras de serviço, se comprometem a emitir CATs com e sem afastamento, conforme determina a legislação. Os sindicatos têm denunciado o descumprimento do TAC.