FUP
Nessa quarta-feira, 03, a FUP e a Petrobrás terão mais uma rodada de negociação. A reunião será pela manhã, no Rio de Janeiro. Se a empresa não apresentar uma nova proposta que atenda às principais reivindicações dos petroleiros, a categoria poderá entrar em greve por tempo indeterminado em todo o país a partir do 11.
As assembléias começam na sexta-feira, 05, e prosseguem até o dia 10 para que os trabalhadores se posicionem sobre o indicativo da FUP. Na quinta-feira, 04, haverá uma nova reunião do Conselho Deliberativo da FUP para avaliar os resultados da reunião com a Petrobrás e a organização da greve.
Os petroleiros rejeitaram a proposta que foi apresentada pela Petrobrás no dia 19, cujo reajuste de 6,5% equivale a um ganho real entre 0,9% e 1,2%, dependendo do nível salarial da cada trabalhador. A categoria reivindica 10% de aumento real e tem deixado claro a sua disposição de luta por um acordo salarial digno. No dia 26 de setembro, os petroleiros realizaram uma greve nacional de advertência, durante 24 horas. Entre os dias 11 e 14 de setembro, houve atrasos e operações padrão nas unidades do Sistema Petrobrás.
A data-base dos petroleiros é primeiro de setembro. Desde o início da campanha , a FUP teve três reuniões de negociação com a Petrobrás. A pauta da categoria foi apresentada no dia 31 de agosto, mas a empresa só concordou com a antecipação da inflação dos últimos 12 meses (IPCA de 5,24%).
Além de um ganho real condizente com a importância do trabalho que realizam, os petroleiros reivindicam regras democráticas e justas para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e condições seguras de trabalho.
A campanha deste ano trata especificamente das reivindicações econômicas, pois o Acordo Coletivo dos petroleiros têm validade de dois anos para as cláusulas referentes a benefícios, condições de trabalho e demais questões sociais.