A greve nacional por tempo indeterminado foi aprovada por 55,68% dos trabalhadores da base do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP). Mais de 1,1 mil petroleiros participaram de 28 assembleias, que aconteceram entre os dias 13 e 18 de setembro.
A maioria dos trabalhadores referendou a proposta da FUP de deflagrar uma greve nacional por tempo indeterminado, caso não avancem as negociações com a Petrobrás. Uma das principais reivindicações dos petroleiros é a alteração do plano de negócios da empresa, que prevê a venda de ativos, corte de direitos trabalhistas e milhares de demissões.
Durante as assembleias, a direção do Unificado soube que muitos trabalhadores estavam sofrendo pressão para rejeitar a proposta. “Alguns supervisores chegaram a participar das assembleias como forma de pressão e outros realizaram reuniões com grupos de trabalhadores para tentar influenciar no resultado da assembleia”, lamentou o coordenador da Regional Campinas, Gustavo Marsaioli.
Foram realizadas assembleias nos terminais da Transpetro de Guararema, Barueri, Guarulhos, São Caetano do Sul, Ribeirão Preto, Brasília, Senador Canedo – GO, Uberlândia e Uberaba – MG, na Usina Termelétrica Luis Carlos Prestes (UTE LCP) e na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), ambas em Três Lagoas –MS, nas unidades de Campinas e Hortolândia da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil (TBG), na Usina Termelétrica Fernando Gasparian – SP, nas sedes administrativas da Petrobrás em São Paulo (Edisp 1 e 2), na Recap e Replan.
Nesta semana, o Conselho Deliberativo da FUP se reúne em Brasília para avaliar o resultado nacional das assembleias e estabelecer os próximos passos. Ainda não foi indicada uma data para o início da paralisação da categoria.
Fonte: Sindipetro Unificado de São Paulo