No dia que os paraguaios comemoram a fundação daquela que é a maior cidade e capital do país, Assunção, os gaúchos realizaram um ato em solidariedade ao povo do país vizinho.
A atividade aconteceu na tarde desta quarta, 15, em frente ao Consulado do Paraguai, na capital gaúcha e reuniu cerca de cem pessoas. O objetivo era protestar contra o golpe parlamentar ocorrido naquele país e prestar solidariedade aos paraguaios.
No último dia 22 de junho, o então presidente eleito Fernando Lugo, foi retirado do poder após o parlamento paraguaio ter violado a própria constituição e aprovado o impeachment de Lugo. Toda manobra aconteceu de repente, surpreendendo a América Latina, ferindo a democracia e prejudicando os paraguaios.
O representante da Associação Cultural José Marti/RS, Ricardo Haesbaert, contextualizou o golpe sofrido pelo presidente do país vizinho. “É necessário que a gente entenda o que aconteceu para compreender porque precisamos defender a democracia e prestar solidariedade aos nossos vizinhos”, afirmou Haesbaert.
Uma comissão, formada por representantes das entidades sociais e deputados que estavam participando do ato foram recebidos pelo cônsul adjunto, Humberto Rodriguez. O grupo entregou um documento se manifestando contra o golpe e em defesa da democracia e da autodeterminação do povo paraguaio.
Haesbaert explicou ao cônsul que foi criado o Fórum em Defesa da Soberania da América Latina, formado por movimentos sociais, entidades, representantes de partidos políticos, juristas, estudantes, professores, deputados e demais militantes sociais. “Defendemos a nossa América livre e soberana, e esperamos que vocês levem o nosso protesto até o governo”, disse.
A CUT-RS repudia o golpe e presta sua solidariedade ao povo paraguaio, conforme afirmou o secretário de Juventude da entidade, Francisco Magalhães. “Não podemos aceitar esse tipo de coisa, seja golpe militar ou golpe parlamentar, em nenhum país da América Latina. Por isso, a CUT-RS apoiamos os trabalhadores e o povo do Paraguai”, declarou.
O documento entregue foi elaborado em uma audiência pública realizada no último dia 8, na Assembleia Legislativa, com as entidades que compõem o Fórum.
No final do ato, foi realizado uma mística promovida pelos integrantes do Levante Popular da Juventude e do Movimento dos Trabalhadores Desempregados que lembrava a importância de quem está do nosso lado, dos nossos vizinhos, seja em relação às pessoas ou às nações.