Com informação de agencias de noticias
A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (24) que as ações militares no Mali sejam submetidas ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com atenção na proteção de civis.
“O combate ao terrorismo não pode, ele mesmo, violar os direitos humanos nem reavivar nenhuma das tentações, inclusive, antigas tentações coloniais”, disse, sem citar o nome, em alusão à intervenção da França, que colonizou o país por décadas, até sua independência, em 1960. Os ataques da aviação e das tropas francesas no norte do Mali afiguram-se como ações imperialistas e intervencionistas totalmente à margem do direito internacional.
O governo de François Hollande decidiu intervir militarmente no país do noroeste africano sem autorização do Conselho de Segurança da ONU, o que significa tratar-se de flagrante ilegalidade. Em sua ação bélica, a França conta apenas com o apoio do imperialismo estadunidense e da União Europeia, organização de caráter imperialista, monopolista e militarista. Tanto os Estados Unidos como a União Europeia têm como braço armado a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), cujo caráter agressivo tem-se acentuado nos últimos anos.
Ao fim da 6ª Cúpula Brasil-União Europeia, realizada nesta quinta-feira no Palácio do Planalto, a presidenta disse que considera “muito preocupante” a situação do conflito armado no Mali. “Advogamos uma participação muito grande dos órgãos internacionais na resolução desses conflitos”.