No Espírito Santo, mais de 600 petroleiros próprios e terceirizados paralisaram terminais e plataformas

A movimentação começou às 5h30 na portaria da base 61, na BR 101 Norte. Mais de 600 petroleiros diretos e terceirizados…





Sindipetro -ES

A movimentação começou às 5h30 na portaria da base 61, na BR 101 Norte. Mais de 600 petroleiros diretos e terceirizados permanecem na portaria da unidade. Na UTG de Cacimbas, em Linhares, 830 metalúrgicos estão parados desde a 5ª feira (2). Também estão paradas as plataformas de Peroá 1 e P-34.

Os petroleiros capixabas aderiram ao movimento nacional de greve nesta sexta-feira, 3. A paralisação é uma resposta dos trabalhadores à falta de avanços nas negociações e ao indecoroso abono dado somente aos gerentes, dividindo a categoria.

Cerca de 600 trabalhadores das fazendas Alegre e Cedro, administrativos e de manutenção da base 61, em São Mateus, passarão o dia de braços cruzados na portaria da sede da Petrobrás. Segundo o Sindicato, apenas dos trabalhadores entraram: o gerente e um funcionário. Todas as empreiteiras dessa base também aderiram ao movimento, engrossando a Campanha Salarial e cobrando a pendência do Acordo Coletivo passado, de inclusão ao dispositivo contratual que garante o recebimento das verbas rescisórias, ao final dos contratos, evitando o costumeiro calote das terceririzadas.

Quarteirizados paralisam Cacimbas

Na manhã desta 5ª feira (2), os 830 trabalhadores quarteirizados da Milplan Engenharia paralisaram as atividades da fase III da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, em Linhares.

Na plataforma Peroá 1, que tem a capacidade de produção de até 10 milhões m3 de gás/dia, dez petroleiros cruzaram os braços. Segundo a diretora do Sindipetro e da FUP, Ester Bárbara, esses trabalhadores nem deveriam estar nesta plataforma, pois ela foi idealizada para ser operada remotamente e não habitada. Mas desde o dia 18 de julho, após o rompimento do gasoduto que liga a plataforma à Cacimbas, interrompendo totalmente a produção, dez trabalhadores, estão no local realizando manutenção e ajustes para que esta possa voltar a operar.

Para o Sindicato, a plataforma não tem condições de habitabilidade. “A hotelaria da plataforma é precária, sem condições de higiênico devido a um único banheiro e os trabalhadores vivem em 62m2, com quartos minúsculos sem área específica para alimentação e lazer", disse Ester.

Todos os trabalhadores tercerizados das estações de produção da petrobras no norte capixaba e off shore (P34 – Peroá) que dependiam de Permissão de Trabalho (PT) não trabalharam.