Nesta quarta-feira, 25, petroleiros se mobilizam em defesa da vida e contra o retrocesso

Petroleiros protestarão por segurança e contra a volta de Reichstul, cuja gestão afundou a P-36 e causou os piores acidentes ambientais da história da Petrobrás …





 Imprensa da FUP

Nesta quarta-feira, 25, os trabalhadores do Sistema Petrobrás exigem um basta à insegurança crônica que já matou 291 petroleiros desde 1995 e protestarão contra a nomeação de Henri Reichstul como “conselheiro” do governo. A FUP indicou a seus sindicatos que realizem atos, atrasos e manifestações em todas as unidades, no início do expediente, envolvendo trabalhadores próprios e terceirizados nas mobilizações. O acidente fatal na Revap, no último dia 17 (leia matéria  aqui), traz à tona, novamente, a urgência de uma nova gestão de SMS, que rompa com a política herdada dos governos neoliberais, que sempre colocaram o lucro e a produção acima da vida.

Não por acaso, a administração do ex-presidente Henri Reichstul foi responsável pelos piores acidentes ocorridos na Petrobrás, como o afundamento da P-36, que matou 11 trabalhadores, e os acidentes ambientais que derramaram mais de seis milhões de litro de óleo na Baía de Guanabara e nos rios paranaenses. Entre 1999 e 2001, sua gestão provocou a morte de 79 petroleiros e 29 acidentes com impactos ambientais, numa clara política de desmonte da empresa para facilitar sua privatização. Foi também por decisão de Reichstul que a estatal quase virou Petrobrax, teve parte de seus ativos entregue ao capital privado e foi retalhada em 40 unidades autônomas de negócio.

É inadmissível, portanto, que a presidenta Dilma acolhe em seu governo esse tipo de empresário para lhe dar consultoria sobre como gerir recursos públicos. Assim como é inaceitável que a direção da Petrobrás continue complacente com uma política de SMS que reproduz os mesmos conceitos aplicados pelas gerências durante a gestão Reichstul. Nesta quarta-feira, 25, os petroleiros irão atrasar o expediente em todas as unidades da empresa e reafirmar sua indignação diante de absurdos como estes. A categoria exige respeito à vida e um basta às mortes e à insegurança no Sistema Petrobrás!