A pequena pseudo-unidade-instável, formada pelos sindicatos dissidentes da FUP (RJ, Litoral Paulista, São José dos Campos, Pará e AL/SE), tem deturpado o encaminhamento diverso que a base do Sindipetro PR/SC tomou sobre o PCAC. Sofistas que são, ligam isso ao fato de o atual coordenador da FUP ser diretor da base do Sindipetro PR/SC e, assim, criam um falso clima de desunião e de crise interna. Trabalham, como costumeiramente têm feito, reflexos das suas naturezas autofágicas, para desconstrução da FUP. Aliados aos interesses plantonistas da AEPET e de alguns recentes Conselheiros da Petros que foram eleitos pelos trabalhadores, os dirigentes desses sindicatos dissidentes distorcem novamente a realidade para transformar mentiras em munição de suas investidas contra a FUP.
A FUP é e continuará sendo nosso maior patrimônio, criada sob anos de luta e de sacrifício dos trabalhadores. O atual coordenador da FUP traduz o que há de melhor nos quadros sindicais da base do Sindipetro PR/SC, cuja história de luta, desde os tempos de oposição metalúrgica no Paraná, é sinônimo da ideologia praticada em prol dos trabalhadores. Os dissidentes da FUP tentam induzir que a direção do Sindipetro PR/SC retirou a legitimidade do coordenador, algo que jamais ocorreu.
Satirizam com isso as instituições e o processo histórico de construção da organização petroleira e, hipocritamente, “solidarizam-se” à nossa base. O Sindipetro PR/SC ajudou a criar a FUP. Desde as oposições cutistas até a sua efetividade e, de lá aos dias de hoje, sempre construímos, na luta, a unidade que continua. Nossa divergência em relação ao encaminhamento do PCAC faz parte do processo democrático e plural de discussão e denota a maturidade da FUP e dos seus sindicatos filiados. Ninguém ouviu do Sindipetro PR/SC a imputação de quaisquer erros de posicionamento, bem como os sindicatos filiados e a FUP não emitiram qualquer reprimenda por não termos encaminhado o indicativo. Isso só é possível porque em nosso meio existe um processo dialético, onde eventuais divergências têm sempre o horizonte da síntese construtiva e de respeito à pluralidade.
A FUP procedeu ao indicativo pela leitura dos 12 sindicatos filiados. A posição do Sindipetro PR/SC foi a única contrária, não pela implementação do novo plano, mas, sim, pela assinatura e, por conseqüência, pelo aval dos trabalhadores. A questão é meramente formal. Essa posição foi coerente com todos os posicionamentos da entidade desde o início do recente processo de amadurecimento das discussões do PCAC, potencializada ainda pela não finalização do acompanhamento da Transpetro. Não há nesta análise donos da verdade, mas visões dissonantes e pontuais da leitura de uma mesma realidade. O Sindipetro PR/SC assumiu uma leitura, que foi ratificada pela categoria. Uma posição difícil, mas coerente com o debate levantado e socializado com os trabalhadores da base nesse processo de construção.
A conjuntura não é traumática, muito pelo contrário. Significa que, mesmo passando por conturbações específicas, a construção da unidade petroleira gravita mais do que nunca em torno da Federação Única dos Petroleiros. A prova disso é a incessante leviandade dos dissidentes que lançam mão de todos os esforços e meios para tentar ferir a Federação. Incapazes de formular e conquistar algo, apropriam-se dos nossos discursos e vivem à sombra da FUP e de seus sindicatos filiados. Apenas uma análise já é possível ser feita: a FUP é, cada vez mais, a única organização nacional petroleira que constrói as conquistas da categoria. Isso só é possível por ter sido forjada nos princípios da nossa Central Única dos Trabalhadores.
Como diria o ilustre poeta lusitano Fernando Pessoa: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. A palavra (homófona e homógrafa) “preciso”, significa para nós: