Na sexta-feira, os petroleiros da Replan iniciarão a jornada de trabalho duas horas mais tarde. O atraso na entrada das 7h30 faz parte da mobilização nacional em defesa da Petrobrás, dos direitos da classe trabalhadora e da democracia, que acontece no dia 13 em várias capitais do país. Em São Paulo, o ato será realizado na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Petrobrás, a partir das 15h.
Durante a paralisação, a direção do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) promoverá um bate-papo com os trabalhadores sobre o ato nacional. Desde a semana passada, os diretores têm realizado pequenas paradas no início dos turnos da refinaria para explicar aos petroleiros os motivos dessa manifestação e convidá-los a participarem de mais essa luta.
Integrantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) apoiarão a paralisação dos trabalhadores da Replan. Às 12h30, eles seguem para o ato nacional em São Paulo. A Regional Campinas do Unificado disponibilizará um ônibus para levar os petroleiros à mobilização.
A orientação da Federação Nacional dos Petroleiros (FUP) é para que os trabalhadores da Petrobrás participem do ato, de preferência, vestidos com seus uniformes de trabalho. “Não podemos assistir calados à destruição da maior empresa do país. Temos que sair, mais uma vez, às ruas e mostrar para a sociedade que temos orgulho de ser petroleiro”, afirmou o diretor do Unificado Arthur Bob Ragusa.
Bandeiras da mobilização
Uma das bandeiras da mobilização nacional é a defesa da Petrobrás. O coordenador da FUP, José Maria Rangel, afirma que é urgente lutarmos pela defesa da soberania nacional e do emprego dos petroleiros, além do controle das reservas.
O fim das Medidas Provisórias (MP´s) 664 e 665, que alteram direitos da classe trabalhadora, também faz parte da pauta. Essas medidas apresentam novas regras para pensões por morte e acesso a benefícios previdenciários, como o seguro desemprego, o auxílio-doença e o abono salarial. No lugar delas, o que se propõe é a taxação de grandes fortunas.
O movimento também reivindica o Plebiscito sobre a Constituinte Exclusiva e Soberana para a Reforma do Sistema Político, que pretende combater a corrupção, além de permitir, por exemplo, que haja financiamento público de campanha eleitoral e uma maior representação democrática de mulheres, negros, indígenas e minorias no Congresso.
Ato Nacional em defesa da Petrobrás, pelo Plebiscito Constituinte da Reforma Política e contra a retirada de direitos
Dia: 13 de março
Horário: 15h
Local: Avenida Paulista nº 901, em frente ao prédio da Petrobrás
Fonte: Sindipetro Unificado de São Paulo