Sindipetro SP
Em protesto ao número insuficiente de trabalhadores anunciado pela Replan para operar no HDT, HDS e nas três unidades que devem começar a funcionar ainda este ano, trabalhadores desses setores realizam, nesta semana, novas mobilizações pela adequação do efetivo. A direção do Unificado alerta que essas ações terão continuidade, caso a Petrobrás não apresente proposta de contratação de um número mínimo de funcionários, que possibilite às unidades operarem com qualidade e segurança.
Em virtude da dificuldade de negociação com a refinaria, os trabalhadores aprovaram, em assembleia, um calendário de corte de rendição nos setores HDT e HDS entre os dias 17 e 23 de junho. O corte de rendição teve início nesta segunda-feira, dia 17, na entrada do grupo 2. Os trabalhadores que entrariam às 7h30 voltaram para casa e o pessoal que estava trabalhando e sairia nesse horário permaneceu na refinaria até às 15h30. A ação teve continuidade hoje de manhã.
As mobilizações foram retomadas, segundo o sindicato, porque a Petrobrás apresentou uma proposta que não atende às reivindicações e colocam em risco a segurança e integridade dos trabalhadores. A empresa propõe 17 funcionários nas sete unidades (HDT 1 e 2, HDS 1 e 2, URC, HDT NK e HDT 3), número que não contempla o pleito dos trabalhadores e ainda reduz em um operador o efetivo de painel dos HDT’s. “Esse número está muito aquém do que exigimos para garantir que as unidades sejam operadas com segurança e conforto do trabalhador”, afirma o diretor Arthur “Bob” Ragusa.
Em outubro do ano passado, o Unificado iniciou um movimento de paralisações de uma hora na entrada dos funcionários aos setores HDT/HDS em protesto ao número reduzido do efetivo. As mobilizações foram intensificadas em janeiro e ampliadas na semana passada. “Se a Petrobrás não apresentar uma proposta justa e que atenda as necessidades dos trabalhadores faremos outras mobilizações em proporções maiores e mais contundentes”, avisa o diretor Gustavo Marsaioli.