Na Bahia, trabalhadores param tudo em protesto contra o PL 4330

A greve geral convocada pela Central Única dos Trabalhadores para esta quarta-feira, 15, teve adesão de diversas categorias em Salvador, Região Metropolitana e interior do estado. Em protesto contra o Projeto de Lei da Terceirização (Pl 4330), aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada, trabalhadores de categorias como petroleiros, rodoviários, petroquímicos, químicos, bancários, professores da rede estadual e universidades públicas, médicos e servidores públicos, da construção civil e limpeza, cruzaram os braços.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários cerca de 12 mil rodoviários de Salvador paralisaram as atividades na manhã desta quarta. Os trabalhadores se preparam para participar de uma grande caminhada às 15h, do campo Grande à Praça Municipal.

Segundo o coordenador geral do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, todas as unidades da Petrobrás paralisaram suas atividades; participaram também do protesto contra a aprovação do PL 4330 o Sindiquímica, Sintercolba, Sispec, professores da UFBA, Sindmetropilitano, Sinditicc, Sindilimp, Sindborracha.

As manifestações começaram na Via Parafuso a partir das 4h30 da manhã, em ambos os sentidos da rodovia. Ainda segundo Deyvid, o trânsito ficou engarrafado no sentido de Camaçari, enquanto no Trevo da Resistência e portões 2 e 3 da Rlam também houve manifestação, assim como na C-50, que dá acesso ao município de  São Francisco do Conde, onde também houve um grande engarrafamento atingindo a BA 522.

Os trabalhadores do Conjunto Pituba, da PBIO, Porto do Mirim- Terminal Almirante Alvares Câmara, Transpetro,  Santiago, Fafen, Taquipe e de unidades localizadas nas áreas de Catu, Alagoinhas e Candeias, entendendo a gravidade do momento aderiram ao movimento. Muitos retornaram para suas casas e em algumas unidades não houve rendição de turno. 

Na abertura do 9º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT, em Guarulhos, na Grande São Paulo, na noite da terça-feira, 14, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não aprovar o projeto de lei 4330, que libera a terceirização para atividades-fim das empresas, é uma “questão de honra da classe trabalhadora”.

Fonte: Sindipetro BA