Na Bahia, petroleiros paralisaram todas as unidades

Sindipetro-BA

Para surpresa de poucos e alegria de muitos, a categoria petroleira baiana aderiu plenamente à chamada do novo Sindipetro Bahia e parou em todas as unidades nesta quarta (26), desde a meia noite. Apesar de continuar até à zero hora, o movimento sindical mostrou do que é capaz, mesmo com a ação dos pelegos de sempre e da “gerentada” submissa.

Na Rlam, Temadre, OP-CAN, EVF, UPGN, PBio, Taquipe, Fafen, Pituba, Miranga e Cofip a adesão da categoria foi exemplar e serve como um grande alerta para a Petrobras reavaliar a forma de negociação com o movimento sindical.

Além dos petroleiros e petroleiras terem se recusado em  usar o transporte, fazendo com que os veículos da Novo Horizonte, Cacique e Vix chegassem praticamente vazios ou com menos de 8 pessoas, os piquetes da Rlam, Temadre e outras áreas receberam a solidariedade e apoio de empregados novos e antigos que saíram de suas casas para protestar contra a péssima proposta da empresa.

Na refinaria Landulfo Alves o efetivo de algumas unidades de processo ficaram abaixo do mínimo necessário, mas mesmo assim os trabalhadores se recusaram a deixar o lar para furar o movimento grevista, que tem como objetivo obrigar a Petrobrás a atender as reivindicações apresentadas pela FUP e sindicatos filiados.

Justamente por conta dessa adesão maciça de sua força de trabalho, a Petrobras tentou intimidar o Sindipetro e a categoria, com práticas antissindicais e coação aos trabalhadores.

Em algumas bases, isso ficou bastante explicito, como na Rlam e Temadre:

1) os kits pelegos foram jogados ao chão para petroleiros e petroleiras domirem como animais domésticos, demonstrando o tamanho da falta de respeito e consideração aos empregados e empregadas

2) o descaso com a saúde do trabalhador, levando as pessoas à exaustão, após mais de 36h de trabalho forçado

3) utilização do poder econômico da estatal, na tentativa de forçar as empresas menores a romperem a greve (pulando cercas) e os pelegos passarem como ratos pelos matos e bueiros

4) retenção dos ônibus pela gerência do Temadre, que não disponibilizou transporte de retorno aos poucos empregados próprios e muitos terceirizados que pararam nos piquetes

A direção do Sindipetro Bahia, exceto a minoria que nada faz em prol da categoria e ainda esteve contra a paralisação de 24h, está de parabéns pela condução do movimento, aprovado nas assembleias realizadas desde a última quinta (20\9), para advertir e alertar a Petrobrás, Transpetro e Pbio da nossa capacidade de luta e mobilização.

O objetivo, com certeza, foi atingido junto outros sindicatos CUTistas e com a participação e adesão de nossa categoria. Resta, agora, avaliar essa grande atividade sindical, traçar novas ações e aguardar uma nova contra-proposta da empresa.

Caso não tenhamos avanços significativos, a  próxima GREVE será por tempo indeterminado.

Vamos à luta rumo a um ACT digno dos petroleiros e petroleiras.