Na Bahia, greve paralisa Sistema Petrobrás

Os petroleiros baianos estão dando exemplo de luta e comprometimento aderindo à greve nacional de 24 horas e seguindo os indicativos da FUP de uma grande mobilização em defesa da Petrobrás, suas subsidiárias e do pré-sal. A adesão ao movimento teve uma média de 80%.

Em muitas unidades do Sistema Petrobrás, a exemplo da Rlam e da Transpetro, os trabalhadores nem foram trabalhar. Os ônibus do turno e do adm chegaram aos locais praticamente vazios. E quem embarcou nos veículos, não entrou. Voltou para casa.

A forte chuva que cai em Salvador não inibiu a ação da diretoria do Sindipetro Bahia, que antecipou o inicio do movimento na quinta-feira, 23, para às 19h, para evitar a troca do turno. A estratégia deu resultado e não houve rendição.

Com a greve de 24 horas produtos como petróleo bruto, óleo, amônia, ureia e parafina deixaram de ser transportados.

Nas áreas administrativas do Conjunto Pituba, Cofip e UP a adesão ao movimento grevista foi de 70%, alguns trabalhadores chegaram antes das 5h e entraram para trabalhar, o que foi denunciado pelo diretor Paulo César Martin.

EmCandeias, onde a rendição de turno foi cortada às 19h, do dia 23/07, os funcionários do administrativo e turno não foram trabalhar, os terceirizados retornaram e nem supervisor entrou na unidade. De acordo com o diretor André Araújo as carretas de transferências de óleo foram paradas.

EmTaquipe, a adesão também foi grande. Apenas seis trabalhadores próprios compareceram para trabalhar, mas não entraram. Todos os contratados retornaram para suas residências. As carretas que circulam nesta área não foram abastecidas com petróleo bruto. O Sindipetro contou com a ajuda do Sittican para garantir o sucesso da greve na unidade. 

NaPBIO, a adesão foi total, com as carretas paradas, sem carregamento de biodiesel e óleo, desde a noite do dia 23\07.

NaFafen, a gerência chamou seis viaturas da Polícia Militar, mas não houve conflito, pois os trabalhadores próprios e terceirizados voltaram para casa. Os carregamentos de ureia e amônia não foram feitos. Natermelétrica Arembepenão houve rendição de turno e adesão foi geral.

NaRlam, o movimento começou ontem por volta das 17h30, não houve rendição de turno, os ônibus chegaram praticamente vazios, o que mostra a decisão consciente dos trabalhadores de fazer a greve. As chefias tentaram levar os trabalhadores de táxi, mas não tiveram êxito. Na Refinaria ficou tudo parado.

NaTranspetro, onde também não teve rendição do turno, os trabalhadores diretos e terceirizados não foram trabalhar e apenas seis ônibus do administrativo levaram cinco pessoas. Com a redução da operação rotineira de produtos, como petróleo e gás, alguns navios ficaram impedidos de desatracar do porto.

A paralisação também é forte na UTE –RA, UTE-BA1, UTE Muricy, Bacam, Gascac, UTE-CF e nos campos de Bálsamo, Araçás\Imbé, Buracica e Miranga. 

Fonte: Imprensa Sindipetro Bahia