A rua em frente ao edifício Torre Pituba, sede da Petrobrás na Bahia, foi ocupada na manhã dessa quarta-feira, 24/04, por cerca de 1500 trabalhadores do Sistema Petrobras – ativos, aposentados, pensionistas e terceirizados.
Com discursos e palavras de ordem, a categoria petroleira marcou posição firme em defesa do Fundo de Pensão Petros, da AMS (Assistência Médica Suplementar) e contra a privatização da Petrobrás, da saída da estatal da Bahia e da retirada de direitos.
A categoria atendeu ao chamado do Sindipetro Bahia e de outras entidades representativas como ASTAPE, AMBEP, AEPET, ABRASPET e CEPE´s, que fazem parte do Fórum em Defesa da Petrobrás na Bahia. A CUT Bahia também esteve presente. Ato semelhante foi realizado no Rio de Janeiro, em frente ao prédio do EDISE, também reunindo milhares de petroleiros de todo o Brasil. Houve ainda manifestação em Sergipe.
Participação e unidade da categoria
O ato na Bahia, que durou cerca de cinco horas, chamou a atenção pela unidade e disposição de luta da categoria. Em suas falas, os representantes de associações e sindicatos presentes afirmaram que há muito tempo não se via uma junção de pessoas e entidades com pensamentos distintos como ocorre agora. Para eles, Bolsonaro está dando um tiro no pé ao priorizar em seu governo a “desconstrução” e a perseguição aos trabalhadores e ao povo brasileiro.
Pelo menos, ressaltaram, “no caso dos petroleiros, o que o governo está conseguindo é unir ainda mais a categoria, seus sindicatos, associações e federação”.
Além dos trabalhadores da ativa, lotados no EDIBA, participaram do ato, empregados de outras unidades da Petrobrás, a exemplo da RLAM, FAFEN e UO-BA. Muitos aposentados e pensionistas vieram de longe, de cidades como Alagoinhas, Mata de São João, Feira de Santana, Candeias, Serrinha, São Francisco do Conde, Madre de Deus, São Sebastião do Passé e Catu, para participar da mobilização.
O ato teve uma grande repercussão na imprensa, com a cobertura de rádios, jornais, televisões e sites, o que. segundo a diretoria do Sindipetro é muito importante, pois é uma forma das entidades conseguirem dialogar também com a sociedade, mostrar o que está acontecendo com a Petrobrás, que pode afetar a vida de todos os cidadãos.
O coordenador do Sindipetro, Jairo Batista, lembrou que a Petrobras nasceu na Bahia, “o que torna os petroleiros baianos precursores dessa história de luta e dedicação, que resultou na construção dessa empresa de petróleo, uma das maiores do mundo, e, não vamos permitir que esse governo de extrema direita apague essa história, privatizando a Petrobrás e retirando a estatal da Bahia”.
Apesar dos sucessivos ataques aos sindicatos, vindos principalmente da direção da Petrobras, cresceu a procura da categoria pelas entidades sindicais. Muitos que ainda não eram associados fizeram questão de preencher a ficha de filiação durante o ato, demonstrando a vontade de fortalecer o sindicato em uma conjuntura totalmente adversa.
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