Na Bahia, centenas de pessoas participaram da caminhada em defesa dos campos terrestres

Centenas de pessoas participaram da grande caminhada em defesa da Bahia, organizada pelo Sindicato…





Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia

Centenas de pessoas participaram da grande caminhada em defesa da Bahia, organizada pelo Sindicato, no dia 23/04. A passeata começou às 17h, na Praça do Campo Grande. Representantes de sindicatos cutistas, estudantes, militantes do MST, parlamentares, trabalhadores da base (ativos e aposentados), militantes de partidos políticos de esquerda, se fizeram presente à caminhada.

O presidente da CUT-BA, Martiniano Costa, também estava presente. Já era noite quando, o grupo chegou à Praça da Piedade e fez sua primeira parada para informar aos transeuntes os motivos do movimento. Outras paradas se repetiram no transcurso até chegar à praça Castro Alves onde teve um ato-político de encerramento da caminhada. A banda Movimento Menino de Jesus, de Candeias, animou o grupo.

Enquanto alguns dirigentes sindicais usavam o microfone, outros diretores distribuíam um documento convocando à população a se somar a esta grande campanha que já realizou várias atividades na Bahia e em nível nacional.

A FUP e Sindicatos já realizaram uma audiência pública em Brasília. Na Bahia, o nosso Sindicato já fez atos na BR 324 e no Conjunto Pituba; distribuiu cartas aos parlamentares baianos no aeroporto Luis Eduardo Magalhães (antigo Dois de Julho). E está preparando audiências ans Câmaras Municipais de Catu, Alagoinhas, São Francisco do Conde, dentre outras cidades do interior.

A campanha tem o objetivo de denunciar as tentativas de esvaziamento e entrega dos campos terrestres de produção de petróleo operados pela Petrobrás na Bahia e impedir a votação das alterações dos projetos de lei do governo federal para o pré-sal, especificamente no que se refere ao sistema de partilha de produção e a capitalização da Petrobrás.

A mudança no relatório do projeto de capitalização da Petrobrás permite à empresa devolver à União, como forma de ressarcimento, até 100 milhões de barris de óleo dos campos terrestres. Já a alteração no relatório do projeto de partilha prevê que o governo federal incremente a participação de empresas de pequeno e médio porte na exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás.

Para o movimento sindical, o fato dos relatórios terem sido alterados na votação do Plenário da Câmara mostra o interesse de empresários e parlamentares opositores ao governo de entregar às empresas privadas campos terrestres de petróleo operados pela Petrobrás, provocando prejuízo econômico a 28 municípios baianos. Se os projetos forem aprovados no Senado, nos próximos anos, a Bahia perderá R$ 2,1 bilhões em investimentos diretos da Petrobrás. Somente nos anos de 2010 e 2011, a perda será de R$ 513 milhões. De imediato serão eliminados 6.500 postos de trabalhos diretos e indiretos.