[Da comunicação do Sindipetro NF, com edição da FUP]
Trabalhadores da LCD Engenharia realizaram, no início da manhã de hoje, um protesto na entrada da base de Cabiúnas, em Macaé. A categoria, que está com salários e outros direitos atrasados, vem realizando manifestações em diversas instalações do país, onde a empresa presta serviço à Petrobrás.
Embora o Sindipetro-NF não seja o sindicato que representa os trabalhadores da LCD, a entidade manifesta a sua solidariedade aos protestos e às reivindicações, colocando-se à disposição para contribuir na luta.
“Estamos à disposição para ajudar no que for possível, tanto no processo de mobilização quanto nas tratativas entre a LCD e a Petrobrás. É um verdadeiro absurdo o que está acontecendo com estes trabalhadores”, afirma o coordenador geral do Sindipipetro-NF, Sérgio Borges.
O sindicalista também informou que tem conhecimento sobre dificuldades atravessadas pela LCD, mas entende que os trabalhadores não podem pagar por isso.
“Muito embora a gente entenda que a empresa esteja passando por sérios problemas, e passa por uma transição, uma troca de donos, o trabalhador não tem nada a ver com isso. Os trabalhadores cumpriram a sua parte laboral, e não podem pagar por uma política equivocada de contratações, que prejudica os empregados e até mesmo à própria Petrobrás”, protesta Borges.
Pagamento direto da Petrobrás
O Sindipetro-NF, representado pela diretora Bárbara Bezerra, integrou uma comissão com três trabalhadores da LCD que foi recebida por gerentes da Petrobrás na base de Cabiúnas, em Macaé, após o protesto realizado pela categoria no início desta manhã. Com a reunião, a manifestação foi suspensa.
O movimento sindical petroleiro conseguiu da Petrobrás o compromisso de realizar diretamente aos trabalhadores (sem intermediação da LCD) o pagamento dos salários em atraso. A companhia informou que precisa fazer o levantamento de todos os trabalhadores abrangidos pelo contrato, mas que consegue fazer o pagamento até a próxima quinta-feira.
A diretora Bárbara, que participou dos protestos da manhã em Cabiúnas, para levar o apoio do Sindipetro-NF, disse que ouviu relatos muito duros da categoria sobre as condições enfrentadas na relação com a empresa. Eles estão, inclusive, sem o plano de saúde.
“Eles não tiveram nenhum apoio do sindicato deles e estavam perdidos. A atuação do Sindipetro-NF foi muito importante até mesmo para que uma comissão fosse recebida pela gestão de Cabiúnas”, informou a diretora.
