Trabalhadores aposentados decidiram na manhã de hoje ocupar a empresa multinacional Grafitech com o objetivo de pressionar a empresa a honrar o compromisso de apresentar uma proposta de pagamento da cláusula 4ª, um histórico passivo trabalhista. A Graftech, empresa de bandeira norte-americana, chamou a PM para coibir o movimento. O Sindiquímica está preocupado com o grande número de polícias que se encontram no local.
Os cerca de 300 manifestantes que ocupam a fábrica estão decididos a continuar acampados até que a empresa apresente solução para o problema. De acordo com o Sindiquímica, a empresa tinha se comprometido a apresentar hoje os cálculos para o pagamento da cláusula 4ª, mas, na reunião realizada na manhã de hoje, alegou que a direção da multinacional sediada nos Estados Unidos não liberou o pagamento. Inconformados com a negativa da empresa, os ex-trabalhadores decidiram ocupar a empresa.
Desde 2010, após decisão dos trabalhadores em assembléias, o Sindiquímica vem negociando e fazendo acordos com diversas empresas, mas a Graftech não mostra interesse em resolver a questão. No ano passado, os ex-trabalhadores ficaram acampados vários dias para exigir o pagamento da cláusula 4ª. A cláusula 4ª é um passivo trabalhista que envolve cerca de 15 mil trabalhadores do ramo petroquímico. Por diversas vezes o Supremo Tribunal Federal (STF) colocou em pauta o processo da cláusula 4ª, mas ainda não julgou.
O Sindiquímica repudia a atitude da Graftech que não dialoga com os trabalhadores e prefere usar da violência. Os policiais militares deveriam estar nas ruas dando segurança à população e não defendendo interesses privados de uma empresa multinacional
A Graftech fabrica eletrodos de grafite, usado pelas indústrias metalúrgicas.
Mais informações com os diretores do Sindiquímica, José Pinheiro, (71 8897-3305) e Joazito Cãmara (71-8882-2893)