Mudança de governo e impasse sobre terreno da refinaria deve anular a venda da Lubnor

Com a mudança no governo federal, a continuidade de um mesmo projeto do governo estadual e as irregularidades encontradas na Câmara Municipal e prefeitura de Fortaleza, o sindicato dos petroleiros do Ceará avalia que o processo de venda da Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), localizada no Bairro Mucuripe, somam impasses suficientes para que seja anulado o processo de venda da refinaria junto à Grepar Participações Ltda.

Diante dos fatos incontroversos, diversos parlamentares se colocaram contra a venda da refinaria, entre eles o ex-deputado petista Elmano Freitas e próximo governador do estado, e o outro o cotado e mais provável para ser o futuro presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Gardel Rolim (PDT), que já se posicionou diversas vezes contrário à venda do terreno público em que a refinaria está instalada.

Para o diretor do Sindicato dos petroleiros do Ceará, Fernandes Neto, os petroleiros pretendem discutir junto ao novo governo de Luís Inácio Lula da Silva diversas iniciativas para a Petrobrás: reativar a Usina de Biocombustíveis de Quixadá, a exploração offshore no estado, anular a venda da Lubnor e aumentar os investimentos da petrolífera no Ceará, seja uma nova refinaria ou produção de hidrogênio verde.

ENTENDA

Em maio deste ano, a única refinaria do Ceará, pertencente a Petrobrás, foi vendida pelo valor de $ 34 milhões. O valor foi, segundo estudos de especialistas, 55% menor do que o preço ideal. Posteriormente, descobriu-se que a Petrobrás tentou negociar uma parte do terreno, de origem pública, com a prefeitura de Fortaleza, oferecendo cerca de R$ 9 milhões, sendo que a prefeitura o avaliou em R$ 40 milhões.

[Por Sindipetro Ceará]