MST recebe apoio de entidades na luta pela revisão dos índices de produtividade

Diante da ofensiva dos setores mais conservadores da sociedade, o MST recebeu apoio…







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Diante da ofensiva dos setores mais conservadores da sociedade, o MST recebeu apoio na luta pela revisão dos índices de produtividade do presidente da Comissão Episcopal de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Pedro Luiz Stringhini, e do presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício de Lima Azêdo.

"Solidarizamo-nos com as centenas de famílias acampadas, algumas delas há muitos anos, às margens das estradas em todo o território brasileiro", afirma Dom Pedro Luiz, em nota enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual defende a atualização dos índices de produtividade (leia abaixo versão integral). "As Pastorais Sociais compartilham a convicção de que a reforma agrária contribui para a superação da situação de miséria e abandono dos acampados, muitos deles crianças e idosos. Sobretudo, permite destinar as terras, prioritariamente, para a produção de alimentos e a preservação ambiental".

O presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício de Lima Azêdo, assinou o Manifesto em Defesa da Democracia e do MST. Segundo o documento, "o compromisso do governo de rever os critérios de produtividade para a agricultura brasileira, responde a uma bandeira de quatro décadas de lutas dos movimentos dos trabalhadores do campo. Ao exigir a atualização desses índices, os trabalhadores do campo estão apenas exigindo o cumprimento da Constituição Federal, e que os avanços científicos e tecnológicos ocorridos nas últimas quatro décadas, sejam incorporados aos métodos de medir a produtividade agrícola do nosso País.

O manifesto, que recebeu mais de 3500 assinaturas, foi lançado por intelectuais, escritores, artistas, partidos, entidades nacionais e internacionais. O texto avalia que a ameaça de criação de uma CPI contra o MST é uma represália à bandeira da atualização dos índices de produtividade. "É por essa razão que se arma, hoje, uma nova ofensiva dos setores mais conservadores da sociedade contra o Movimento dos Sem Terra – seja no Congresso Nacional, seja nos monopólios de comunicação, seja nos lobbies de pressão em todas as esferas de Poder", afirma o manifesto.

 

A Federação Única dos Petroleiros também se solidariza com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e participa intensamente de todas as campanhas contra criminalização dos movimentos sociais, em especial, o dos trabalhadores do campo.