Movimentos sociais se posicionam sobre medidas do governo para o setor elétrico

 

FUP com informações da CUT

A Central Única dos Trabalhadore (CUT) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) avaliam positivamente as medidas para o setor elétrico, anunciadas pelo governo brasileiro no último dia 11 de setembro. Para a CUT, com a renovação dos 20 contratos de concessões que vencem até 2015, será possível reduzir o custo da energia de 20% a 28%, a partir de janeiro ou fevereiro de 2013, quando todo o trâmite dos novos contratos for cumprido. Para o presidente da Central, Vagner Freitas, a redução dos valores das contas de luz é um benefício para a população e contribui para melhorar a competitividade das indústrias, que significa um importante estímulo à economia do país e fortalecimento do mercado interno.

O dirigente sugeriu ao governo que complemente o pacote para o setor elétrico com mais investimentos em qualidade para melhorar cada vez mais os serviços oferecidos à sociedade e também com questões relacionadas ao mundo do trabalho.

“Além de redução nas contas de energia, é preciso complementar as medidas do setor com cláusulas contratuais de garantia de emprego e condições de trabalho,  como o fim da terceirização, redução da rotatividade; e melhores salários para os trabalhadores da área”, apontou Vagner. Segundo ele, o governo já foi informado que o movimento sindical vai apresentar propostas neste sentido.

Os detalhes da proposta do governo para renovação das concessões do sistema elétrico foram passados para o movimento sindical uma hora antes do anúncio oficial feito pela presidenta. Vagner, Artur Henrique, secretário de Relações Internacionais para as Américas da CUT, e presidentes das demais centrais se reuniram com Rogério Santilli, secretário executivo da Secretaria Geral da Presidência da República (SGPR); Arno Augustin, Secretário do Tesouro; e José Lopez Feijóo, assessor Especial da SGPR.

Augustin explicou que o Tesouro vai investir R$ 3,3 bilhões por ano no sistema elétrico para compensar a extinção de encargos que serão retirados das contas, entre eles, o RGR (Reserva Global de Reversão) e o CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) – o CDE terá redução de 75%.

Para Artur Henrique, as medidas têm impacto redução das taxas de juros e na inflação. Também para ele, o governo precisa cobrar a redução nos preços dos produtos.

Para o MAB, qu etem pautado sua luta histórica na defesa da população atingida por usinas hidrelétricas, propõe a construção de um projeto energético popular para o Brasil, o anúncio do Governo Federal signifca uma vitória dos setores populares.

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