Cerca de mil pessoas estiveram presentes na Praça Cinquentenário de Israel, no Pacaembu, em vigília na terça-feira (15) em solidariedade ao povo palestino. Sábado (19), às 13h30, haverá manifestação na cidade de São Paulo, com concentração em frente à Rede Globo
Com lenços e bandeiras da Palestina carregadas ou envolvidas no corpo, as pessoas acendiam velas, que iam sendo enfileiradas. A expressão era de dor e tristeza. Líderes religiosos estiveram presentes, assim como jovens islâmicos que vivem em São Paulo e jovens da periferia paulista que se uniram nesta atividade. Ainda, judeus e rabinos se somaram ao ato como forma de demonstrar que são contra a violência que tem vitimado crianças, mulheres e homens.
A Praça em homenagem aos 50 anos da criação do Estado de Israel (1948) foi rebatizada pelos movimentos como “Palestina Livre”.
Poesias foram declaradas logo no começo. Nenhum discurso. Apenas uma fala quebrou o protocolo, a da coordenadora do Movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva. “Dor de mãe é a mesma em qualquer lugar. Eu estou aqui solidária às mães da Palestina. Quem matou meu filho usava farda e quem mata os filhos das mães palestinas também usa farda. Não vão me calar, porque a dor mais forte que eu poderia sentir eu já senti, que foi a perda do meu filho”. As pessoas foram às lágrimas após a declaração.
Um vídeo de uma menina palestina de 15 anos também foi apresentado. “Eu sou palestina e não sou terrorista”, disse ela.
A dirigente da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ) e do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo, Cibele Vieira, afirma que a vigília foi uma demonstração de “respeito à diversidade humana, com solidariedade laica e ecumênica”.
Segundo a ONG Stop the Wall, até esta quarta-feira (16) o número de mortos na faixa de Gaza e Palestina pelos bombardeiros de Israel soma 220 pessoas, com mais de 1.500 feridos.
O Movimento Palestina para Tod@s, formado por um conjunto de organizações, deixou nesta manhã uma declaração no facebook. “Foi linda a vigília, um espaço de reflexão crítica, luto, homenagem e arte de resistência. Que depois de ontem reflitamos como construir e fortalecer mais iniciativas de solidariedade efetiva à causa palestina. Sejam intervenções políticas, culturais e simbólicas. Palestina Livre!”
A CUT Nacional fez uma nota em solidariedade, repudiando a agressão israelense e defendendo o direito do povo palestino à autodeterminação.
Neste sábado (19), às 13h30, haverá manifestação na cidade de São Paulo, com concentração em frente à Rede Globo.
PARTICIPE!
Ato Unificado pela Palestina Livre em São Paulo
Local de concentração: Rua Chucri Zaidan, nº 46, perto da estação Berrini da CPTM
Fonte: CUT, com colaboração de Alexandre Bento, assessor da Secretaria de Relações Internacionais da CUT Nacional