Movimentos e sindicatos ocupam prédio da Petrobrás, na Avenida Paulista

MAB

Militantes de organizações sociais e sindicais, entre elas o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), CUT, FUP, CGTB, Sindipetro e a organização de jovens Juventude Revolução, ocuparam na manhã de hoje (18) o prédio da Petrobrás, nas Avenida Paulista, em São Paulo.

Os manifestantes cobram do Governo federal o cancelamento do leilão do campo de Libra, previsto para o dia 21, próxima segunda-feira, e por isso trancam o acesso dos trabalhadores ao prédio.

Segundo Liciane Andrioli, militante do MAB, leiloar o petróleo significa privatizar. “Entregar na mão de empresas transnacionais esse recurso estratégico é um crime que compromete o futuro do nosso país. Esta riqueza pertence ao povo brasileiro e representa um verdadeiro atentado contra a soberania nacional, o desenvolvimento do Brasil e o futuro da nação”, declarou.

Além de militantes sociais e sindicais, o ato de hoje reuniu também políticos. O deputado estadual Adriano Diogo, do Partido dos Trabalhadores, criticou a posição adotada pelo governo federal frente ao leilão do petróleo. “O que o governo está tentando fazer é garantir o superávit primário, pagar a dívida e dar dinheiro pros banqueiros. Isso parece um jogo pra tentar se igualar ao governo FHC, o que fere a soberania”, disse.

Marcha pela paulista

Na tarde de ontem os manifestantes das organizações sociais e sindicais também fizeram uma marcha pela Avenida Paulista para dialogar com a sociedade sobre o leilão do Petróleo. Foram distribuídos panfletos nas ruas e entradas das estações de metrô.

A marcha, que iniciou na praça Osvaldo Cruz, passou pelo prédio da Petrobrás e terminou no vão do MASP, com um ato público e falas das diversas organizações presentes.

Ações pelo Brasil

Esta cobrança ao governo federal está acontecendo em diversas manifestações e ações de protesto por todo o Brasil. Esta semana aconteceram atos na maioria dos estados brasileiros e ontem o Ministério de Minas e Energia foi ocupado durante todo o dia.

Também em Brasília desde o dia 3 de outubro, militantes do MAB e da FUP estão acampados na Esplanada dos Ministérios fazendo cobranças para que deputados e senadores se coloquem contra o leilão. Eles também fazem ações de Agitação e Propaganda em diversos pontos da capital federal, com distribuição de jornais e panfletos esclarecendo a população sobre o real significado do leilão de Libra.