Pedro Parente se auto-intitulou moralizador da Petrobrás, apesar de ter sido alçado ao cargo de presidente da empresa através de um golpe. Para tentar justificar a privatização e o desmonte que vem fazendo, alega que é o único caminho para recuperar a empresa da “roubalheira”. Parente, no entanto, não teve o menor constrangimento de tentar emplacar o ex-diretor da Petrobrás, Rogério Manso, para a presidência do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), entidade que reúne empresários do setor.
Manso fez parte durante muito tempo a gestão da Petrobrás, onde chegou a diretor de Abastecimento no governo FHC, justamente no período em que Pedro Parente integrava o Conselho de Administração da empresa. Hoje, ele é investigado pela Lava Jato, após seu ex-colega de gestão, Nestor Cerveró, o delatar por envolvimento nos esquemas de corrupção no período em que ocupava a Diretoria de Abastecimento.
Pedro Parente, que assim como Rogério Manso, tem relações íntimas com o PSDB, não conseguiu emplacar o velho amigo na presidência do IBP. Sua indicação foi rejeitada em função das acusações a que o ex-diretor da Petrobrá responde. Já a carapuça de moralista sem moral cada vez lhe cai melhor.
Com informações do Globo e do Estado de São Paulo