Paralisação histórica e unânime dos trabalhadores da operação foi feita na manhã desta segunda-feira (18)
[Da comunicação do Sindipetro Unificado]
Os trabalhadores da operação da Usina Termelétrica de Três Lagoas (MS) realizaram, na manhã desta segunda-feira (18), uma mobilização para reivindicar a resolução de demandas que incluem benefícios defasados e condições de trabalho precárias. A paralisação foi realizada dentro da unidade, com uma passagem de turno longa, gerando interstício.
A ação resultou em uma rápida resposta da gerência, que, por meio do setor de Relações Sindicais, entrou em contato com os diretores do Sindipetro Unificado para agendar uma reunião. A reunião foi marcada para o dia 28 de novembro, e, conforme informado pela gestão, já foram feitas cobranças às áreas responsáveis, que se comprometeram a apresentar respostas durante o encontro.Com isso, os trabalhadores decidiram manter a mobilização suspensa até a realização da reunião.
O diretor do Sindipetro Unificado, Albérico Santos Queiroz Filho, que estava presente na mobilização de hoje, comentou sobre a importância da categoria permanecer unida neste momento: “A união da categoria é a nossa maior força neste momento. Os trabalhadores e trabalhadoras precisam permanecer atentos e mobilizados, pois somente com essa força coletiva conseguiremos garantir que nossas demandas sejam ouvidas e atendidas. A luta é constante, e é com a mobilização de todos que vamos conquistar as melhorias que a nossa base merece”.
Como denunciado em uma Bronca do Peão, divulgada na última semana no site do Sindipetro Unificado (leia a denúncia aqui), os trabalhadores reivindicam um benefício educacional que não esteja defasado, como ocorre atualmente em comparação com outras regiões do país, especialmente no estado de São Paulo, que faz fronteira com Três Lagoas. Além disso, destacam que o adicional de transferência não é suficiente sequer para cobrir o aluguel na cidade.
Outro ponto fundamental, que vem sendo alvo de protestos dos trabalhadores e trabalhadoras, é a punição do petroleiro Wellington, que, segundo os trabalhadores, foi injusta e precisa ser imediatamente revista, pois não reflete a realidade de seu trabalho e compromisso com a categoria.
Ainda segundo o diretor do Sindipetro, “A mobilização foi uma continuidade da luta da categoria petroleira pela valorização dos direitos dos trabalhadores e por uma mesa de negociação que efetivamente trate das questões em aberto, como o adicional de transferência e o benefício educacional, que se encontram defasados em relação a outras regiões, como São Paulo”. Os trabalhadores aguardam que o diálogo com a Petrobrás resulte em soluções concretas para as demandas da base.