Rede Brasil Atual
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, ao comentar as manifestações organizadas pelas centrais, disse nesta quinta-feira(11) que a pauta de reivindicações do movimento sindical já está sendo discutida pelo governo. “A presidenta criou uma mesa de negociação onde nós, governo e centrais estamos discutindo e avançando. Em muitas delas (reivindicações) teremos sucesso”, afirmou em entrevista à rádio Estadão. Ele afirmou que a questão da terceirização é “um grande problema nacional”, que está sendo discutido em uma comissão quadripartite – as centrais criticam o Projeto de Lei 4.330, que regula o tema. “Vamos encontrar uma solução conciliatória”, acredita o ministro.
Dias falou ainda sobre outros itens da pauta sindical, o fim do fator previdenciário e a redução da jornada para 40 horas semanais. “São medidas que têm de ser muito bem negociadas. Terão resultado à medida que a gente conseguir reunir as partes interessadas”, comentou. Ele defendeu “um grande acordo” entre trabalhadores e empregadores.
E também comentou a participação da Força Sindical e do presidente da entidade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Ambos são filiados ao PDT. “A Força Sindical não é filiada ao PDT. Alguns dos seus membros, dentre os quais o deputado federal Paulo Pereira da Silva, são filiados. Mas ao mesmo tempo que é filiado ao PDT, ele é presidente de uma central, o que não pode confundir com o partido, naquelas posições que nós definimos, por exemplo, com relação ao plebiscito, porque são princípios que nós sempre defendemos.”
Segundo Dias, o plebiscito é uma “decisão programática” do PDT, “para incluir o povo nas decisões”. Considerando o Congresso Nacional “conservador”, ele acredita que a participação popular possa contribuir no sentido de “humanizar” o atual modelo econômico.
O ministro afirmou ainda que o país continua crescendo e criando empregos – e adiantou que julho mostrará “um bom acréscimo” na abertura de postos de trabalho com carteira assinada. Citou ainda melhorias como aumento real de salário e valorização do salário mínimo. “É tudo? Não. Falta muita coisa. Agora, isso foi conseguido em lutas históricas, negociações, pressões. Isso tem de ser levado em consideração”, observou. “Quanto à decisão de fazer greve, isso cabe aos sindicatos, às centrais. Nós, do Ministério do Trabalho, vamos tentar discutir, avançar e procurar ser um agente que também seja importante em todas essas reivindicações. A nossa tarefa é tentar encontrar saídas.”