Metalúrgicos recomeçam campanha salarial na próxima segunda

A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT volta na próxima semanas às mesas…

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A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT volta na próxima semanas às mesas de negociação da campanha salarial com as bancadas patronais de diversos setores.

 

Com as montadoras o próximo encontro acontece na terça-feira (1) e vai discutir as cláusulas sociais pré-existentes (em vigor) com alterações propostas pela FEM. Nas rodadas realizadas até agora, os metalúrgicos e o Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) debateram ajustes nas redações das cláusulas sociais em vigor na atual Convenção Coletiva de Trabalho. Alguns exemplos são a garantia de emprego aos portadores do vírus HIV e às trabalhadoras que sofrerem aborto, a aceitação de atestado médico odontológico, adiantamento de salário, promoções e férias. As alterações não interferiram no direito, ou seja, a sua essência continua mantida.

 

Já com o Grupo 3 (autopeças, forjarias e parafusos) a próxima reunião será na segunda-feira (31) e vai entrar nas cláusulas econômicas. Nas últimas rodadas, as negociações debateram as cláusulas sociais em vigor na Convenção com alterações propostas pela Federação. Algumas que poderão ser alteradas são: a licença paternidade, que pela nova proposta garantirá ao trabalhador que tire os cinco dias corridos a partir do dia seguinte ao nascimento da criança. Hoje, a lei e a Convenção garantem cinco dias, que são contados a partir do parto. Outra cláusula é a prestação de serviços ao exterior que, pela proposta será negociada entre o trabalhador e a empresa, com a assistência do Sindicato. Já a mudança na redação do DSR (Descanso Semanal Remunerado) permitirá um escalonamento.

 

Hoje, a Convenção Coletiva de Trabalho determina que se o trabalhador tiver um atraso na semana de 30 minutos não terá descontado o DSR. A modificação propõe ao trabalhador que tiver até 30 minutos de atrasos na semana o não desconto do DSR. Na discussão das cláusulas novas, algumas reivindicações acordadas pelo G3 são a "Promoção ao primeiro emprego", na qual a empresa assumirá o compromisso de dar oportunidade para os jovens da faixa etária de 18 a 24 anos, sem experiência comprovada em carteira. A divulgação de informações ao trabalhador recém-contratado, como riscos no local de trabalho, bem como a atualização na carteira de trabalho de acordo com a nomenclatura profissional, baseada no Código Brasileiro de Ocupações, foram outros direitos novos que a bancada do G3 sinalizou a viabilidade de incluí-los na nova Convenção Coletiva de Trabalho.

 

Com a bancada patronal da Fundição, a reunião de segunda vai continuar o debate sobre as cláusulas em vigor com alterações e novos direitos. Na última rodada, as bancadas abordaram as cláusulas sociais pré-existentes (em vigor na Convenção Coletiva) e também novos direitos. A bancada patronal sinalizou a possibilidade de avançar nas cláusulas sobre a contratação de jovens aprendizes, na qual a Federação reivindica o pagamento de 100% do piso da categoria, bem como propõe a garantia de fornecimento de alimentação ao estagiário que possuir uma jornada de no mínimo seis horas diárias. No que tange às cláusulas novas (novos direitos), a bancada da Fundição assegurou a possibilidade de avançar na garantia de formação ao trabalhador recém-contratado e de aprofundar no debate sobre o desenvolvimento de um Código de Conduta, que seria aplicado junto às empresas e trabalhadores.

 

Com o grupo 2, que reúne as fábricas de máquinas e eletroeletrônicos, a reunião será na terça-feira e vai iniciar a discussão das cláusulas em vigor com propostas de melhoria da FEM. Na última rodada, as bancadas definiram um cronograma e critérios das negociações.

No grupo 8, de trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários, entre outros, o próximo encontro será só na quarta-feira. A ideia é continuar a discussão das cláusulas pré existentes. Algumas delas referem-se ao período para apresentação de documentação para se aposentar por tempo de serviço. Hoje a Convenção assegura 30 dias e a bancada patronal sinalizou a possibilidade de ampliar este prazo para 45 dias. Já no caso de aposentadoria especial, a Convenção em vigor determina prazo de 60 dias, e o G8 disse que é possível alterar para 90 dias. Outra cláusula que poderá ser modificada é o direito à amamentação. A Convenção em vigor assegura oito dias de licença remunerada e a negociação com a bancada patronal poderá ampliar este benefício para 10 dias.