Metalúrgicos mobilizados para arrancar proposta patronal

Metalúrgicos de São Paulo preparam mobilização nas fábricas e esperam propostas do setor patronal…





Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Os grupos patronais têm mais uma semana para apresentar propostas aos metalúrgicos. Sábado que vem, 4 de setembro, tem assembléia decisiva da categoria. Sem proposta, a resposta é luta.

Essa indicação foi aprovada em assembléia geral na última sexta-feira (27) na Sede do Sindicato.

Para apressar as negociações, os metalúrgicos também decidiram marcar a semana com mobilizações nas fábricas. “Temos de intensificar a mobilização para fazer avançar as negociações a partir da pressão de cada local de trabalho”, disse Valmir Marques, o Biro Biro, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT.

O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, voltou a insistir na necessidade de acordos com maior prazo de duração e informou que a estratégia está na mesa com as montadoras. “A tendência para os próximos anos é da inflação seguir em baixa, o que nos permite acordos de longo prazo. O problema é que ainda persiste na cultura da negociação a memória da inflação”, comentou Sérgio.

Ele lembrou que outra frente de luta na campanha é a dos mensalistas contra a imposição do teto salarial.

Grupo 3 pode sair na frente

Entre todas as propostas apresentadas até agora, a do Grupo 3 (autopeças, parafusos e forjarias) foi a que mais avançou. “É uma indicação que estamos no ponto de acordo”, apostou o presidente do Sindicato, reconhecendo que o setor foi o que mais avançou até agora.

“Ano passado, na crise, conquistamos 2% de aumento real. Esse ano já chegamos a 2,5%, mas como não tem crise é preciso melhorar”, pontuou Sérgio Nobre.

Exceto as montadoras, todos os grupos patronais fizeram ofertas econômicas, todas rejeitadas na mesa de negociação. O Grupo 3 também mostrou concordância com a ampliação da licença maternidade dos atuais 120 dias para 180 dias.

Estimativa do Dieese, mostra que a inflação até a data-base, 1º de setembro, deve ficar entre 4,3% e 4,6%. Veja os números apresentados pelos grupos:

G.3 – 7%. Nova rodada de negociação dia 31

G.10 – 5%. Sem negociação prevista

G.8 – 5%. Negociação dia 30

G.2 – 6,53%. Negociação dia 2 de setembro

Fundição – 6,53%. Sem negociação agendada

Montadoras – sem proposta de reajuste. Negociação dia 1º de setembro.

Grupo 10 racha e estamparia faz negociação a parte

O sindicato das empresas de estamparia não faz mais parte do Grupo 10.  Segundo o presidente da FEM o setor quer negociação em separado, mas até agora não há agenda.