Cerca de 1.500 metalúrgicos e metalúrgicas de todo o Estado participaram do Ato de Lançamento…
Cerca de 1.500 metalúrgicos e metalurgicas de todo o Estado participaram do Ato de Lançamento da Campanha Salarial da FEM-CUT/SP, que aconteceu na manhã desta quinta-feira, dia 23, em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O ato reuniu dirigentes e presidentes dos 13 sindicatos metalúrgicos filiados à Federação, que representam 220 mil metalúrgicos em todo o Estado, e celebrou a entrega das pautas de reivindicações do ramo para as bancadas patronais da Fiesp (Grupos 2, 8, Aeroespacial e 10) Montadoras (Sinfavea) e Grupo 3 (Autopeças, Forjaria e Parafusos) que negociam com a FEM (leia abaixo -representatividade).
Durante a manifestação, lideranças sindicais, dirigentes e os presidentes dos sindicatos filiados enfatizaram que o ramo metalúrgico cutista tem um papel importante no País e que nesta Campanha a categoria não abrirá mão de lutar por aumento real nos salários, por uma política de valorização nos pisos e por ampliação nos direitos sociais. "Sabemos das dificuldades desta conjuntura mas também sabemos que é importante o País continuar crescendo, gerando empregos e mantendo o consumo. Sempre construímos belas campanhas salariais e neste ano temos condições de fazer um grande acordo", salientou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
O Secretário Geral da CNM-CUT, Valter Sanches, frisou que no primeiro semestre cerca de 250 mil metalúrgicos em Campanha Salarial em todo o País conquistaram aumento real nos salários. "Estes reajustes significam a injeção na economia de cerca de R$ 30 bilhões e contribuíram para alavancar o consumo e manter a economia aquecida. No combate à crise, apenas o governo federal tem feito a sua parte, porque adotou medidas que desoneraram os impostos e exigiram a contrapartida da manutenção do nível de emprego. Já o governo Serra (PSDB) tem deixado a desejar", criticou.
O ato da FEM contou com a presença das lideranças sindicais e presidentes, Carlos Grana (CNM-CUT) e Adi Lima (CUTSP).
Representatividade
O presidente da FEM-CUT, Valmir Marques (Biro Biro), disse que o balanço da manifestação foi positivo. "O ato foi bastante representativo e demonstra que o nosso ramo está unido e mobilizado para esta Campanha. As bancadas patronais foram receptivas e esperamos construir boas negociações para fecharmos excelentes acordos", disse.
Uma novidade é que o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André (Força) participará junto com a FEM-CUT da Campanha Salarial. A FEM-CUT-SP tem 13 sindicatos metalúrgicos filiados em todo o Estado e é a interlocutora dos trabalhadores nas negociações da Campanha Salarial com as bancadas patronais. A Federação negocia com sete bancadas: (Montadoras-Sinfavea), Grupo 2 (máquinas e eletrônicos) Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos), Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros), Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros) Fundição e Aeroespacial. As datas-bases iniciam em setembro (Montadoras, Aeroespacial, Fundição e Grupos 2, 3 e 8) e terminam em novembro (Grupo 10). No total, estão na base da FEM em todo o Estado 220 mil metalúrgicos e metalúrgicas.
Rodadas de negociação
O calendário das rodadas de negociação com as bancadas deve iniciar na próxima semana. O Portal FEM fará a cobertura de todas as rodadas de negociação.
Bandeiras de lutas da Campanha dos Metalúrgicos da CUT
– Reposição integral do índice de inflação;
– Aumento real do salário;
– Valorização nos pisos salariais;
– Redução da jornada de trabalho sem redução no salário;
– Liberdade de organização sindical;