Metalúrgicos do ABC decidem por paralização

Por falta de proposta dos patrões, os metalúrgicos da CUT iniciam nesta sexta-feira (18)…

CUT

Por falta de proposta dos patrões, os metalúrgicos da CUT iniciam nesta sexta-feira (18) greve em busca de um acordo semelhante ao assinado com as montadoras. A luta será em todos os setores, exceto nas próprias montadoras.

Na assembleia da noite desta quinta-feira, os trabalhadores decidiram ir em busca dos 4,4% de reposição da inflação, 2% de aumento real e abono equivalente a 30% do salário médio de cada setor. Como o abono significa 2,07%, a soma dele com a reposição e o aumento real alcança 8,7%.

"A palavra de ordem é cruzar os braços até que as empresas assumam compromisso com essa proposta", avisou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato.

20 mil pararam
A partir da manifestação positiva das empresas, o Sindicato vai pressionar os grupos patronais para assinarem um acordo coletivo nessas condições, que depois deve ser estendido a todos os trabalhadores do grupo.

"Não vamos fazer acordo por empresa, pois ele desestrutura o salário e elimina o sentido de coletividade da categoria", afirmou Sérgio Nobre.

Durante a assembleia, o secretário geral Wagner Santana, o Wagnão, lembrou que o Sindicato foi procurado por várias empresas, durante a semana, já interessadas em assinar o acordo.

"Vamos usar essa situação para buscar um acordo coletivo com os grupos patronais", adiantou

Durante a última semana, mais de 20 mil metalúrgicos realizaram diferentes tipos de manifestação em diversas fábricas da base para pressionar os patrões por um acordo decente.