Metalúrgicos de São Paulo fazem paralisação na segunda por reajuste salarial


Rede Brasil Atual

Os metalúrgicos do estado de São Paulo vão parar a produção nas fábricas, com exceção das montadoras, na próxima segunda-feira (10), para cobrar por avanços nas negociações por reajuste salarial. As propostas da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos (FEM-CUT) são as cláusulas sociais como licença-maternidade de 180 dias, redução da jornada para 40h semanais, seguro de vida e reposição da inflação do período mais 2,5% de aumento real.

O presidente da FEM, Valmir Marques, o Biro Biro, afirmou que os sindicatos patronais não aceitaram nenhuma das propostas da categoria. “Os patrões apresentaram os reajuste abaixo da inflação, alegaram problemas com a crise econômica mundial, com o dólar baixo que prejudicou alguns setores facilitando a importação e a crise no setor de caminhões. Mas, sabemos que o governo federal implantou diversas ações de estímulo à indústria e o índice para o qual estamos lutando é viável”.

Serão 70 mil trabalhadores paralisados no ABC paulista para reivindicar aumento salarial. Os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos entregaram a pauta de exigência às empresas, mas até agora não houve propostas. A Ford, a Mercedes-Benz, a Scania e a Volkswagen não serão atingidas, pois selaram um acordo salarial por dois anos em 2011.

A decisão, no caso do ABC, foi tomada por unanimidade ontem (5), em assembleia realizada no sindicato. A data-base da categoria é 1° de setembro. O objetivo dos metalúrgicos é obter o mesmo índice conquistado pelos metalúrgicos das montadoras no ano passado. “A paralisação de um dia é um alerta para que os patrões percebam que a disposição de luta da categoria é forte”, disse o secretário-geral do sindicato, Wagner Santana, segundo nota divulgada pela entidade.

Em 2011, a campanha salarial dos trabalhadores nas unidades automotivas alcançou aumento total de 10%, sendo 7,26% da recomposição da inflação do período e 2,55% de aumento real, além do abono de R$ 2,5 mil. O acordo é válido por dois anos, e em 2012 o reajuste será composto pela inflação do período mais a diferença dos 5%, que é 2,39%, e o abono de R$ 2,5 mil também será reajustado pela inflação do período, além do aumento real. O vice-presidente do sindicato, Rafael Marques, disse que as manifestações podem ser endurecidas. “Se não atenderem nossa reivindicação haverá greve por tempo indeterminado”, avisou.

Com informações do ABCD Maior.