Mensalão: erros do STF são destaque em debate promovido pela CUT-RJ

Com informações da CUT-RJ

No último dia 12, o jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, editor da Revista Retrato do Brasil, lançou a edição de dezembro em um acalorado debate promovido pela CUT-RJ, no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio. Ele é autor da reportagem de capa da revista, que comprova que os ministros do Supremo Tribunal Federal erraram no julgamento do chamado mensalão. O jornalista explicou aos militantes ue compareceram ao debate os detalhes do que foi apurado pela revista.

O debate foi mediado pelo secretário de Administração e Finanças da CUT-RJ, José Garcia Lima. A abertura coube aos anfitriões Darby Igayara, presidente da CUT-RJ, entidade organizadora, e Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, que sediou o evento.

AUDITORIA MOSTRA QUE STF ERROU

A reportagem de capa da revista Retrato do Brasil apresenta provas de que não houve o desvio de R$ 73,8 milhões do Banco do Brasil, principal argumento do mensalão. A revista teve acesso a três auditorias feitas pelo BB, que comprovam que não houve o suposto desvio de dinheiro através da Visanet, o qual serviu de tese para embalar o julgamento da Ação Penal 470.

Além das auditorias, a Retrato do Brasil mostra um documento reservado da CBMP (nome fantasia da Visanet), preparado por um grande escritório de advocacia de São Paulo para ser encaminhado à Receita Federal, no qual a companhia lista todos os trabalhos feitos pela empresa de Marcos Valério, que confirma informações constantes das outras três auditorias do BB. A reportagem descobriu que há recibos e todos os comprovantes — como fotos, vídeos, cartazes, testemunhos — atestando que os serviços de promoção para a venda de cartões de bandeira Visa pelo BB foram realizados.

Leia abaixo um trecho da reportagem e acesse o link com a íntegra da edição de dezembro da revista Retrato do Brasil

A tese do mensalão como um dos maiores crimes de corrupção da história do País foi consagrada no STF. Veja-se o que disse, por exemplo, o presidente do tribunal, ministro Ayres Britto, ao condenar José Dirceu como o chefe da “quadrilha dos mensaleiros”: o mensalão foi “um projeto de poder”, “que vai muito além de um quadriênio quadruplicado”. Foi “continuísmo governamental”; “golpe, portanto”. Em outro voto, que postou no site do tribunal dias antes, Britto disse que o mensalão envolveu “crimes em quantidades enlouquecidas”, “volumosas somas de recursos financeiros e interesses conversíveis em pecúnia”, pessoas jurídicas tais como “a União Federal pela sua Câmara dos Deputados, Banco do Brasil–Visanet, Banco Central da República”.

Britto, data venia, é um poeta. Na sua caracterização do mensalão como um crime gigante, um golpe na República, o que ele chama de Banco do Brasil–Visanet, por exemplo? É uma nova entidade financeira? Banco do Brasil (BB) a gente sabe o que é: é aquele banco estatal que os liberais queriam transformar em Banco Brasil, assim como quiseram transformar a Petrobras em Petrobrax, porque achavam ser necessário, pelo menos por palavras, nos integrarmos ao mundo financeiro globalizado.

Leia aqui a íntegra da revista