Um ano após o massacre do governo do PR contra os profissionais de educação: jamais esqueceremos, pra sempre resistiremos!

Petroleiros e petroquímicos da Repar e Fafen-PR fizeram ato unificado em solidariedade às vítimas do Massacre do Centro Cívico, que deixou mais de 200 trabalhadores em educação e servidores estaduais feridos 

Maior que o frio de cerca de 5°C registrados nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (29) em Araucária, região metropolitana de Curitiba, foi a solidariedade de classe dos petroleiros e petroquímicos da Repar e Fafen-PR.

Mais de trezentos trabalhadores das duas unidades industriais da Petrobrás atrasaram em três horas o expediente para lembrar a passagem de um ano do Massacre do Centro Cívico, megaoperação do governador Beto Richa (PSDB) e Fernando Francischini (SDD-PR), então secretário de segurança, que feriu mais de 200 pessoas e violentou milhares com gases tóxicos. A repressão custou mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos e muita tristeza e dor para quem estava nas imediações daquela região de Curitiba naquela tarde.

A manifestação dos servidores públicos era em virtude do confisco da aposentadoria praticado pelo governo Beto Richa que naquela tarde estava sendo votado na Assembleia Legislativa do Paraná. De acordo com relatório apresentado pelo próprio governo Richa ao Ministério Público de Contas, no massacre naquele 29 de abril do ano passado, 2.500 policiais dispararam 2.323 balas de borracha e 1.413 bombas de efeito moral contra os manifestantes.

 Para o presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot, a truculência tucana será sempre lembrada pelos trabalhadores paranaenses. “Foi um verdadeiro atentado contra os trabalhadores da educação pública do Paraná e servidores estaduais. Assim como o 30 de agosto de 1988, episódio no qual o então governador Álvaro Dias jogou bombas e cavalos sobre os professores, o 29 de abril de 2015 está cravado na memória da classe trabalhadora como um dia de luto, luta e resistência”, afirmou.

 A manifestação dos petroleiros e petroquímicos contou com a presença do coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, que fez uma exposição sobre a conjuntura do país neste momento de profunda crise política e cravou que “o golpe é contra os direitos dos trabalhadores, em favor dos privilégios da atrasada elite brasileira”.

 Assembleia

Ao final da manifestação, os petroleiros e petroquímicos enquadrados no horário administrativo de trabalho participaram de assembleia para tratar da compensação das vésperas de feriado. A grande maioria votou pela quitação das horas devidas mediante redução do horário do almoço, como sempre foi feito na Repar, em contrariedade à proposta da empresa de antecipar ou estender a jornada de trabalho.

 Diante da deliberação da assembleia, o Sindipetro Paraná e Santa Catarina e o Sindiquímica Paraná só estão autorizados a assinar acordo coletivo de compensação de horas acaso seja na condição de diminuir o intervalo para o almoço.

Recorde: 

Um ano depois do Massacre de Curitiba, Beto Richa segue impune

Direção da FUP participa de manifestações em apoio aos servidores do Paraná

Editorial da FUP em 2015

Fonte: Sindipetro-PR/SC