Marina retoma agenda tucana ao atacar o pré-sal

Em seus programas de governo, Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) defendem o Estado Mínimo e o mercado, com a mesma agenda neoliberal: redução dos investimentos públicos, entrega do Banco Central aos banqueiros, ampliação do agronegócio, flexibilização dos direitos trabalhistas, terceirização de atividades fim  e por aí vai. Como disse recentemente Jânio de Freitas em sua coluna na Folha de São Paulo, Marina e Aécio são “um em dois”, com propostas que “não têm diferença, dando aos dois uma só identidade”. 

A Petrobrás, como não poderia deixar de ser, é a bola da vez nos projetos de Marina e Aécio. Ela já anunciou que não investirá no pré-sal e sinalizou que comunga da mesma proposta privatista dos tucanos: reduzir a presença do Estado no setor, o que significa o enfraquecimento da Petrobrás e, consequentemente, a interrupção dos investimentos que têm alavancado a economia e o desenvolvimento do país nos últimos 12 anos.

“Reduzir o pré-sal e atingir a Petrobras no coração são a mesma coisa. Sustar o retorno do investimento astronômico feito no pré-sal já seria destrutivo. Há mais, porém. Concessões e contratos impedem a interferência na produção das empresas estrangeiras no pré-sal. Logo, a tal redução recairia toda na Petrobras, com efeito devastador sobre ela e em benefício para as estrangeiras”, alertou Jânio de Freitas.

Ou seja, a cada dia, fica mais claro que Marina Silva é um projeto que foi apropriado pelo mercado e pelas elites para trazer de volta a velha agenda neoliberal que a classe trabalhadora derrotou quando elegeu Lula presidente. Marina tem como coordenadora de campanha Maria Alice Setúbal, uma das donas do banco Itaú. Os principais ideólogos de seu programa de governo são o economista de linha liberal, Eduardo Giannetti, conselheiro do grupo Natura,  e o banqueiro André Lara Resende, ex- presidente do BNDES no governo FHC. 

O momento é crítico e cabe aos trabalhadores e movimentos sociais organizados saírem novamente às ruas para defender o projeto de desenvolvimento em curso e barrar o retrocesso. Por uma Petrobrás 100% pública e que respeite a vida, por um Brasil com mais e melhores empregos, por uma sociedade mais justa e menos desigual, vamos à luta reeleger Dilma presidenta outra vez!

Fonte: FUP