Manifesto dos movimentos sociais em apoio à greve dos petroleiros

[Foto: Heron Barroso]

Os petroleiros e petroleiras do Brasil decidiram entrar em greve, após amplo processo de negociação com a Diretoria da Petrobrás sem terem atendidas as reivindicações da categoria. 

Conclamamos a todo o povo brasileiro que apoiem a greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás pelos seguintes motivos: 

  1. Os petroleiros(as) entraram em greve porque não aceitam que a Petrobrás e o petróleo do Brasil sejam privatizados. A luta é contra a privatização, em defesa da vida e da soberania. A maior empresa dos brasileiros sofre graves ataques que vem do capital financeiro, dos cartéis empresariais, da mídia, do judiciário e de todos que querem a sua privatização. A estratégia do capital é impor uma reorganização para a privatização. Com um plano de desinvestimento, a atual diretoria da Petrobrás quer privatizar partes da empresa, entregando o que é do povo brasileiro para as empresas privadas internacionais e nacionais, o que causará perda de soberania e a entrega de um setor estratégico para o desenvolvimento nacional, além de causar grandes aumentos nos preços do gás de cozinha, combustíveis e demissões de trabalhadores e trabalhadoras. 
  2. A greve dos petroleiros(as) exige o fim do ajuste fiscal do atual governo. Este ajuste fiscal só aumenta as dificuldades econômicas do Brasil, retira os ganhos que o povo brasileiro teve nos últimos anos e não resolve o problema da crise. Os petroleiros(as) exigem que a Petrobrás volte a realizar todos os investimentos necessários na exploração, refino e distribuição de petróleo e com estes investimentos se retome a industrialização e a geração de postos de trabalho no petróleo, como por exemplo a produção de todos os equipamentos necessários – navios, sondas, plataformas- para reaquecer a indústria naval nacional gerando mais empregos para nosso povo em nosso território. 
  3. A greve dos petroleiros(as) quer a manutenção dos empregos e dos ganhos que a população teve nos últimos anos e exige que os recursos provindos da produção do petróleo seja usado para as áreas sociais em nosso país. Em especial, para que os recursos do pré-sal sejam para educação, saúde, emprego e direitos do povo brasileiro. Por isso a greve luta para não haver retrocessos nas leis do petróleo.
  4. A greve deve ser apoiada pois esta categoria profissional é muito importante para o Brasil. São os trabalhadores e trabalhadoras petroleiros que sempre e em qualquer condição produzem a partir do petróleo, inúmeros produtos necessários e fundamentais para o desenvolvimento do nosso país. Esta categoria profissional sempre esteve a favor do desenvolvimento nacional e da geração de empregos em nosso país, e com seu trabalho produzem riquezas para todo o povo brasileiro. 
  5. Porque é absolutamente justo que a categoria dos petroleiros tenham sim seus direitos reconhecidos tanto pela Petrobrás quanto pelo governo, recebendo seus salários com os reajustes necessários e tendo boas condição para sua vida e seu trabalho. E por fim, porque os trabalhadores em greve não compactuam com nenhuma prática de desvios dos gestores e dos cartéis empresariais que tentam se aproveitar desta importante empresa do povo brasileiro.

A Greve dos(as) Petroleiros(as) é justa e necessária, é para o bem do Brasil e do povo brasileiro que devemos apoiar a greve. Todo apoio à greve. 

O petróleo é nosso. Defender a Petrobrás é defender o Brasil. 

Privatização não é a solução. 

 Assinam 

Central Única dos Trabalhadores – CUT SP, 

CNU ‐ Confederação Nacional dos Urbanitários,

Confetam ( Confederação dos Trabalhadores (as) no Serviço Público Municipal,

Consulta Popular – CP,

CUT Nacional,

Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de São Paulo (FTIUESP),

FENET- Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico,

FISENGE – Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros,

FNU – Federação Nacional dos Urbanitários,

FRUNE ‐ Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste,

FSU ‐ Federação Regional dos Urbanitários do Sul,

FUAL ‐ Federação Regional dos Urbanitários do Norte,

FUP – Federação Única dos Petroleiros (Sindipetro AM; Sindipetro CE/PI; Sindipetro RN; Sindipetro PE; Quimicos e Petroleiros da BA; Sindipetro MG; Sindipetro ES; Sindipetro Caxias; Sindipetro NF; Sindipetro Unificado SP;  Sindipetro PR/SC; Sindipetro RS), 

FURCEN – Federação Regional dos Urbanitários do Centro‐Norte,

Ins. Paulo Freire, 

Intercel,

Intersul,

Jornal Página 13,

Juventude Revolução, 

Levante Popular da Juventude – LPJ, 

Marcha Mundial das Mulheres  – MMM,

MLB- Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas,

MLC- Movimento Luta de Classes,

Movimento Camponês Popular – MCP,

Movimento dos atingidos por barragens – MAB, 

Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, 

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, 

Plataforma Operária e Camponesa de Energia, 

Revista Esquerda Petista,

Senge PR,

Senge RJ,

SINAERJ ‐ Sindicato dos Administradores no Estado do Rio de Janeiro,

Sindicalistas do Projeto Popular,

Sindieletro MG,

Sinergia CUT,

SINTAEMA, 

STIU-DF,

UJR- União da Juventude Rebelião,

UP- Unidade Popular Pelo Socialismo,

Valdeli Guimarães,

Via Campesina Brasil.