No dia 13, as cobranças dos trabalhadores foram por direitos e pelo fortalecimento das conquistas sociais do país nos útlimos anos; pelo fim do financiamento privado das campanhas eleitorais, principal porta de entrada para a corrupção; foram em defesa da Petrobrás e contra as tentativas de privatização da empresa. No dia 15, em vez de reivindicar mudanças e melhorias para o país, os manifestantes exibiram cartazes e faixas com suásticas nazistas, transbordando intolerância e ódio de classe.
Segundo pesquisas do Datafolha, 82% dos que foram à Avenida Paulista no dia 15 tentar derrubar a presidente Dilma Rousseff votaram em Aécio Neves no segundo turno. “Eles não buscam reivindicações específicas e sim o poder. Disputam o Estado”, destaca o jornalista Paulo Moreira Leite, alertando que “a constante referência à intervenção militar” nas manifestações do dia 15 “anunciam abertamente uma tentativa de reverter o processo democrático”.
As manifestações dos dias 13 e 15 de março confrontaram para a sociedade dois projetos antagônicos de país. É fundamental que a classe trabalhadora e os setores progressistas intensifiquem a luta em defesa da democracia, da soberania e contra o retrocesso. A Petrobrás é o principal centro dessa disputa e os petroleiros, mais do que nunca, precisam se posicionar e mostrar de que lado estão.