Na manhã desta terça-feira, dia 27/06, os trabalhadores da Rlam participaram, juntamente com o Sindipetro, de mais um ato contra a redução do efetivo mínimo na unidade. Desta vez, foi a turma 3 da refinaria que teve a oportunidade de tirar suas dúvidas e ouvir explicações da diretoria a respeito de assuntos de interesse da categoria.
A mobilização começou por volta das 7h e terminou às 14h, quando os trabalhadores entraram andando na unidade, configurando assim o interstício total e colocando em prática o que foi aprovado durante assembleia realizada com a turma.
O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, afirmou que as mobilizações que vêm acontecendo na Rlam – turmas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e adm – estão sendo bastante positivas e de forma gradativa fortalecem a categoria, dando uma dimensão de como será a greve nacional por tempo indeterminado que acontece a partir do dia 30/06 nas refinarias do Sistema Petrobrás.
Ele lembrou que a redução do efetivo mínimo foi o primeiro passo dado para a privatização das refinarias e falou sobre as inúmeras atividades que vêm sendo realizadas para barrar essa política de desmonte do governo golpista, com uma boa participação da categoria, como as cirandas de turno, o corte de rendição após as mobilizações, atrasos na entrada do expediente e até mobilizações que acabaram impedindo a entrada da alta gestão da empresa em unidades como a Rlam e a Transpetro.
Deyvid informou ainda que a FUP e sindipetros estão impetrando ações criminais contra os gestores das refinarias, que estão colocando a vida dos trabalhadores em risco, após a redução do efetivo mínimo. E que também há ações questionando o descumprimento da cláusula 91 do ACT.
Durante o ato, que teve comidas juninas e um cantor de forró, a diretoria do Sindipetro e a categoria traçaram estratégias para a greve e concordaram que deve haver coesão, principalmente porque a gestão da empresa não está preocupada com a segurança dos trabalhadores dentro das unidades ou mesmo durante o transporte para a casa.
Uma prova disto é o que a Rlam está pretendendo fazer para evitar o interstício total, tentando atrasar a apanha do pessoal do turno de 21h e chegada à refinaria ás 23h para que esta seja iniciada às 00:30h, com o objetivo de que a frota chegue à Rlam às 02:00h.
Outro ponto a ser ressaltado é que as Turmas que deveriam sair às 7h30 e ficam na refinaria até quase 14h, se retornarem à RLAM entrarão às 02:00h, sem cumprir o interstício total, e a turma que sairia às 23h30, com isso sairá às 02:30h, chegando em suas residências quase às 04:00h, correndo os mesmos riscos de vida, numa estrada, onde há altos índices de assaltos.
O diretor Radiovaldo Costa afirmou que “é preciso construir a unidade independente do local de trabalho de cada um, pois todo o Sistema Petrobrás, está em cheque, está sendo desmontado e os trabalhadores correm grandes riscos com perdas de direitos, fechamento de postos de trabalho e aumento de acidentes com a redução do efetivo, portanto, a luta é de todos”.
Além do coordenador, Deyvid Bacelar e dos diretores do Sindipetro, Radiovaldo Costa, Agnaldo dos Anjos, Gilson Morotó, Moisés Rocha estavam presentes os diretores recém-eleitos, Ivo Saraiva e João Nunes.
Via Sindipetro-BA