Mais uma UPGN é desativada no Rio Grande do Norte

Sindipetro-RN

No Polo Guamaré, a desativação de mais uma Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN vai consolidando um cenário preocupante: o de que a Petrobrás segue, de fato, diminuindo os investimentos em áreas terrestres, a fim de concentrar a atuação nos campos do pré-sal. Com a medida, apenas uma das três unidades que a UTPF dispunha permanecerá em funcionamento.

O mais curioso, entretanto, é que a vazão de gás natural atual é a mesma que demandava o funcionamento de duas Unidades, levando a UPGN II ao limite de sua capacidade técnica, processando um volume equivalente a 2.100.000 m³/dia. Os dados falam por si, indicando que a motivação da decisão foi mesmo a redução de custos, sem que o trabalhador tenha sido ao menos considerado.

Com a desmobilização das duas unidades de processamento, sete trabalhadores que exerciam suas funções foram transferidos para outros Estados, e outros 10 arcaram com o ônus da mudança de regime (de turno para sobreaviso), perdendo adicionais. Além disso, a maneira autoritária com que a decisão foi implantada, desrespeitando o Acordo Coletivo de Trabalho em vigor, também merece ser repudiada. O ACT prevê que qualquer mudança que venha a acarretar redução de efetivos seja previamente discutida, com o sindicato e os trabalhadores.

Contrariando esses preceitos, a Petrobrás reduziu unilateralmente dois postos de trabalho na área em questão, ficando toda a Unidade, extensa e de risco, com apenas um Técnico de Operação, o que demonstra a total falta de responsabilidade da Gerência com a segurança de seus trabalhadores. Vale frisar, também, que a diminuição de efetivo foi realizada sem o devido treinamento dos trabalhadores envolvidos. O que se percebe aqui é o desapego por parte da gerência da Empresa com a segurança no trabalho, em detrimento do atendimento às metas do famigerado PROCOP.