No dia 21/11/14, por volta das 15h, numa manobra operacional na U-1320, um Técnico de Operação, empregado próprio, se queimou ao tomar um banho de condensado. O trabalhador foi transferido para o HFAG – Hospital da Força Aere do Galeão imediatamente devido a gravidade das lesões.
O operador além das queimaduras teve um traumatismo por ter pulado de um plataforma com uns de 3 metros de altura. Quando o trabalhador viu a chuva de condensado aquecido caindo sobre ele, no desespero, pulou para evitar ser queimado . Na queda teve um choque com a cabeça.
O presidente do Sindipetro Caxias, Simão Zanardi, quando soube do acidente, se deslocou para o hospital, onde encontrou esposa e filhos do operador, que aguardavam o primeiro diagnósticos dos médicos. Por volta das 21h, um tenente cirurgião plástico deu o seguinte laudo: queimaduras de 1o. e 2o. grau em 30% do corpo, costas, dois braços e pernas. Não houve traumatismo craniano, mas somente um edema. As queimaduras não afetaram nenhum orgão vital. Agora resta aguardar a recuperação do trabalhador que deverá ficar internado no mínimo 15 dias. A visita é diária das 14h às 17h.
Insegurança na REDUC: Sindipetro Caxias já havia pedido a interdição da U-1320
Este acidente ocorreu na mesma unidade onde explodiu uma válvula no dia 3/07/14 e a Petrobras mentiu para os trabalhadores e a Sociedade Brasileira. O relato da empresa era que não houve explosão e não havia vítimas no acidente, que foi considerada um “ocorrência operacional”. O caso foi parar no Ministério do Trabalho e Emprego, tendo a Petrobras que refazer por 3 vezes o relatório da investigação do acidente e por fim emitir a CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho com afastamento.
Apesar da Petrobras não ter concluído os serviços de manutenção gerados pela explosão a unidade voltou a operação, sendo esta uma das causas do acidente. O Sindipetro Caxias insiste que a U-1320 seja interditada e adequada as exigências normativas do MTE.
Força Tarefa do MTE inicia fiscalização na REDUC dia 24 de novembro
Um equipe de Auditores Fiscais vindo de diversas partes do Brasil estarão fiscalizando a REDUC entre os dia 24/11 e 5/12. Esta fiscalização faz parte das denúncias feitas pelo Sindipetro Caxias e FUP para que a Petrobras tome providências em adequar suas instalações as Normas Regulamentadoras. A refinaria REDUC tem instalações precárias e foi construída antes do surgimento das NR´s, porém até hoje não houve a modernização necessária para garantir segurança, nem existe a Análise dos Riscos conforme prevê a NR-20.
– É inconcebível que ainda hoje um trabalhador tenha que acender um forno utilizando uma tocha, como ocorre na U-1210. A norma prevê que deveria haver ignitores e um sistema de purga para garantir a segurança.
– É inconcebível que um viga de sustentação esteja escorada por andaimes, tendo linhas de gás ácido em baixo, como ocorre na U-3350.
– É criminoso o fato da drenagem das Esferas de GLP serem drenadas para sistema aberto até hoje, apesar de terem morridos 42 trabalhadores por conta desta manobra operacional.
Chega de impunidade! Esta na hora dos gerentes pararem de desviar dinheiro da Petrobras para seus bolsos.
O Sindipetro Caxias conclama os trabalhadores a denunciarem as situações de riscos e usarem seu Direito de Recusa para que não ocorram mais acidentes na REDUC.
Fonte: Sindipetro Caxias